domingo, 15 de janeiro de 2012

Presidente da Síria anuncia anistia para crimes ocorridos nos protestos


O presidente da Síria, Bashar al Assad, deu anistia geral para os crimes cometidos desde o início da rebelião contra seu governo, informou neste domingo (15) a agência estatal de notícias Sana.
A Sana informou que a anistia abrange "crimes cometidos no contexto dos eventos que ocorreram desde 15 de março de 2011 até 15 de janeiro de 2012". Não foram dados detalhes
Assad é acusado de reprimir violentamente a revolta. Os confrontos já deixaram pelo menos 5.000 mortos, segundo a ONU.
A comunidade internacional, inclusive os países árabes, pressiona o regime sírio a parar com a violência.
Mas Assad afirma que tem apoio popular e que a revolta é fomentada por grupos que querem "desestabilizar" o país.
ONU
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu neste domingo a Assad que deixe de matar seus compatriotas, em uma declaração durante uma conferência em Beirute sobre a transição democrática no mundo árabe.
"Hoje, repito ao presidente sírio Assad: dê fim à violência, deixe de matar seus compatriotas, a repressão leva a lugar algum", afirmou Ban.
"Quem exerce o poder usando a força se arrisca à própria perdição e acaba sendo abandonado por seu povo", acrescentou Ban, citando o célebre filósofo árabe do século XIV, Ibn Jaldun.
O chefe da ONU, em visita ao Líbano por três dias, afirmou na véspera que a crise na Síria  assume um caráter perigoso.
Ban Ki-moon também afirmou que a "ocupação por Israel dos territórios palestinos deve cessar" e enfatizou que as colônias "dificultam o nascimento de um Estado palestino viável".
"A ocupação por Israel de territórios árabes e palestinos deve cessar. A violência contra civis também", declarou.
Esta conferência reúne vários dirigentes ou ex-dirigentes, como a ex-presidente chilena, Michelle Bachelet, ou o ex-chefe da Liga Árabe e candidato à presidência egípcia Amr Mussa.

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