sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Ataques a cidade rebelde matam pelo menos mais cinco na Síria


As forças de segurança da Síria dispararam e mataram pelo menos mais 5 pessoas no distrito de Baba Amro, na cidade de Homs, nesta sexta-feira (24), disseram ativistas da oposição na terceira semana de bombardeios contra bairros oposicionistas da cidade.
"Baba Amro está sendo atingida por artilharia de 122 milímetros direcionada contra o bairro vindo de vilas vizinhas. Um pai e seu filho de 14 anos estão entre os mortos. Eles estavam tentando fugir do ataque, quando foram atingidos na rua", disse Mohammad al-Homsi à Reuters.
Segundo a ONU, mais de 5.000 pessoas, a maioria civis, já morreram na repressão aos protestos contra o governo do presidente Bashar al Assad na Síria.
O governo sírio diz enfrentar a ação de "terroristas armados" que, com patrocínio estrangeiro, tentam desestabilizar o país.
É difícil confirmar os relatos do governo e da oposição, já que quase toda a imprensa estrangeira foi expulsa do país.
Os militantes da oposição ao regime programaram para esta sexta-feira um dia de manifestações de apoio Baba Amr, ao mesmo tempo que a Tunísia recebe uma reunião internacional para definir um plano de ajuda humanitária para a Síria e aumentar a pressão sobre Damasco.
Imagem de satélite tomada em 15 de fevereiro e divulgada nesta quinta-feira (23) mostra oleoduto em chamas após bombardeio de forças do regime em Homs, na Síria  (Foto: AP)Imagem de satélite tomada em 15 de fevereiro e divulgada nesta quinta-feira (23) mostra oleoduto em chamas após bombardeio de forças do regime em Homs, na Síria (Foto: AP)

Potências árabes e ocidentais que se reúnem em Túnis devem exigir que as autoridades sírias permitam acesso imediato de ajuda para as cidades de Homs, Deraa, Zabadani "e outras áreas sob cerco" de acordo com um esboço da declaração obtido pela Reuters.
A proposta de declaração da reunião dos "Amigos da Síria" também pede para que o governo sírio "parasse imediatamente com a violência" e promete entregar ajuda humanitária dentro de 48 horas caso a Síria "pare de atacar áreas civis e permita o acesso".
O grupo também se compromete a aplicar sanções voltadas para pressionar as autoridades sírias a pararem com a violência, incluindo banimento de viagens, congelamento de bens, interrupção das compras de petróleo sírio, encerrar investimentos em infraestrutura e serviços financeiros relacionados ao país, reduzir laços diplomáticos e impedir cargas de armamentos para o governo sírio.
Na véspera, relatório de comissão da ONU afirmou que as forças de segurança síria cometem crimes contra civis por ordem das autoridades do regime.

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