quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Direção espera parecer para transferir presos por estupro coletivo na PB


O diretor do presídio de segurança máxima PB1, de João Pessoa, informou nesta quarta-feira (22) que aguarda um parecer conjunto de representantes de vários órgãos para decidir se transfere para uma cela comum os sete presos pelos estupros e mortes em Queimadas. Apesar da Secretaria de Administração Penitenciária ter divulgado na segunda-feira que o grupo iria para celas especiais, o capitão Sérgio Fonseca informou hoje que os suspeitos ainda estão isolados em uma cela de reconhecimento, por onde passam todos os detentos que chegam à unidade. O processo, segundo ele, é necessário para avaliar o perfil de cada suspeito e determinar para qual setor da penitenciária ele será encaminhado.
Conforme o diretor, a decisão sobre a transferência dos presos de Queimadas para o convívio com os demais presidiários depende de uma avaliação da Gerência Executiva do Sistema Penitenciário e de um juiz da Vara de Execuções Penais. "Eles são investigados por estupros e mortes decorrentes destes abusos sexuais, o que não é aceito entre os apenados. Temos que avaliar os riscos que eles correm", informou capitão Sérgio.
O grupo foi levado direto da Central de Polícia de Campina Grande para a capital por determinação da juiza Flávia de Souza Baptista Rocha, de Queimadas, após uma consulta à Corregedoria Geral de Justiça da Paraíba. A juíza e o promotor Márcio Teixeira levaram em consideração a insegurança e a falta de infraestrutura da cadeia da cidade e do Complexo Penitenciário do Serrotão, em Campina Grande.
Inidiciamento
Nesta quarta-feira, a delegada responsável pelas investigações, Cassandra Duarte, divulgou que concluiu o inquérito e indiciou os dez suspeitos pelos crimes de homicídio e estupro. Entre eles há três menores de idade, que estão abrigados no Lar do Garoto, em Lagoa Seca, com internações provisórias já foram decretadas pela Justiça.
Segundo a delegada, o inquérito deve ser encaminhado ao fórum de Queimadas até as 19h (horário local) de hoje. Depois que o documento for entregue à Justiça, o Ministério Público Estadual deverá decidir se oferece denúncia contra os sete adultos que estão presos e os três adolescentes detidos.

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