sábado, 10 de março de 2012

Corpo de marinheiro baiano morto na Antártica é identificado, diz filho


O corpo do segundo-tenente Carlos Alberto Figueiredo, morto no incêndio da base brasileira na Antártica no dia 25 de fevereiro foi identificado pelo Instituto de Pesquisa e Perícia em Genética Forense da Polícia Civil do Rio de Janeiro. De acordo com o filho do militar, Vinícius Figueiredo, a Marinha passou a informação para a família na noite de sexta-feira (9). Segundo Vinícius, a previsão é de que o corpo do segundo-tenente Figueiredo chegue à Vitória da Conquista, na região sudoeste da Bahia, na terça-feira (13). O velório e o sepultamento devem ser feitos no mesmo dia.
O Centro de Comunicação Social da Marinha, em Brasília, confirmou ao G1 neste sábado (10), que os corpos dos dois militares mortos no incêndio na base brasileira na Arntártica foram identificados. A Marinha disse que só vai se pronunciar através de nota após a liberação dos corpos. O segundo-tenente Roberto Lopes dos Santos também morreu no acidente.
De acordo com familiares do segundo-tenente Carlos Alberto Figueiredo, o primeiro examede DNA feito com o material genético de um dos filhos foi incompatível. Outras amostras, dessa vez da mãe e da irmã da vítima, foram enviadas para o Rio de Janeiro para a realização de novos exames.
Homenagem
Os dois militares mortos no incêndio na Estação Comandante Ferraz, na Antártica, foram homenageados no dia 28 de fevereiro, no Rio de Janeiro. O suboficial Carlos Alberto Vieira Figueiredo e o primeiro-sargento Roberto Lopes dos Santos foram promovidos ao posto de segundo-tenente, admitidos na Ordem do Mérito da Defesa, no grau Cavaleiro, honraria concedida pela presidente Dilma Rousseff, e agraciados com a Medalha Naval de Serviços Distintos, da Marinha.
Baiano está entre mortos em incêndio em base na Antártica (Foto: Vinícius Figueiredo/ Arquivo Pessoal)Carlos Alberto voltaria para o Brasil em março
(Foto: Vinícius Figueiredo/ Arquivo Pessoal)
Carreira militar  
Carlos Alberto Figueiredo estava há 29 anos na Marinha e a previsão era de que ele se aposentasse no próximo ano, segundo informações de seu filho. O segundo-tenente foi enviado para a Antártica em março de 2011 e deveria voltar ao Brasil no próximo mês.
De acordo com o relato do filho, Carlos Alberto se comunicava diariamente com a família, tanto por telefone quanto pela internet, e na última conversa teria reforçado o retorno dizendo que as malas já estavam arrumadas.
Entenda o acidente
A Estação Comandante Ferraz foi atingida por um incêndio na madrugada do dia 25 de fevereiro, que matou dois militares e feriu um. A Marinha do Brasil afirmou em nota que 70% das instalações da estação foram destruídas.
Todo o prédio principal da base, onde ficavam o alojamento e alguns laboratórios de pesquisa, foi atingido pelo fogo. Ficaram intactos os refúgios – módulos isolados usados apenas em emergências – e os laboratórios de meteorologia, de química e de estudo da alta atmosfera, assim como os tanques de combustíveis e o heliponto.

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