terça-feira, 6 de março de 2012

Justiça ouve adolescentes envolvidos em estupro coletivo na Paraíba


Os três adolescentes representados pelo Ministério Público da Paraíba por envolvimento em um estupro coletivo participam de uma audiência na manhã desta terça-feira (6) no fórum do município de Queimadas, onde o crime aconteceu. Eles são apontados como envolvidos na simulação de um assalto e nos estupros de cinco mulheres durante uma festa no dia 12 de fevereiro. Na ocasião, duas vítimas foram assassinadas.
De acordo com o promotor Márcio Teixeira, a audiência de apresentação dos menores de idade é presidida pela juíza Andréa Dantas Ximenes, da Vara da Infância e Juventude. "Este é o primeiro contato deles e dos pais com a Justiça. É o início do processo de julgamento", informou o promotor. No dia 17 de fevereiro, o grupo foi levado ao fórum para relatar ao Ministério Público suas versões sobre o crime. Dez dias depois, a representação feita pela promotoria foi aceita pela Justiça.
Os adolescentes estão internados provisoriamente no abrigo Lar do Garoto, no município de Lagoa Seca. Já os sete adultos denunciados pelo Ministério Público estão presos temporariamente no presídio de segurança máxima PB1, localizado em Jacarapé, em João Pessoa.  Os dez envolvidos foram citados pelos crimes de estupro, cárcere privado, lesão corporal e formação de quadrilha.
Um dos adultos, no entanto, está sendo acusado isoladamente também por duplo homicídio e posse ilegal de arma. Eduardo dos Santos Pereira é acusado como 'mentor intelectual' da festa, dos estupros e autor dos disparos que mataram a recepcionista Michele Domingues da Silva, de 29 anos, e a professora Isabela Pajuçara Monteiro, de 27.
Sequestro de bens
A família de uma das vítimas apresentou uma ação pedindo o sequestro de bens dos dois irmãos acusados de planejar os crimes. De acordo com o advogado Francisco Pedro da Silva, que representa o pai e mãe de Michele, o processo pede o leilão de carros e motocicletas importados, cavalos de raça e de imóveis que pertenceriam a Eduardo e Luciano dos Santos Pereira. Os valores arrecadados pela Justiça seriam revertidos em indenização para os pais de Michele, sob o argumento de que a vítima representava a principal fonte de renda da casa.

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