segunda-feira, 12 de março de 2012

Talibã promete vingança de massacre de civis no Afeganistão


O gupo Talibã prometeu nesta segunda-feira (12) vingar o massacre de 16 civis afegãos, incluindo mulheres e crianças, executado no domingo por um soldado americano no sul do Afeganistão. Em um comunicado divulgado na internet, os insurgentes prometem intensificar os ataques contra os "americanos selvagens e doentes mentais".
No domingo, um soldado americano da força internacional da Otan saiu de sua base na província de Kandahar, fortemente armado, e matou os moradores de duas casas próximas, incluindo nove crianças e três mulheres. Depois ele queimou os corpos. O ataque enfureceu a resistência antiamericana, ainda exaltada com a recente queima de cópias do Alcorão em uma base militar dos EUA, em fevereiro.
O presidente americano, Barack Obama, chamou o massacre de "trágico e lamentável", além de ter prometido uma "investigação exaustiva".
Afegãos investigam local do massacre, em Kandahar (Foto: Ahmad Nadeem/Reuters)Afegãos investigam local do massacre, em Kandahar (Foto: Ahmad Nadeem/Reuters)
"Os talibãs vingarão cada um dos mártires assassinados de forma selvagem pelos invasores", afirma um texto publicado em um site dos insurgentes islamitas. "A maioria das vítimas são crianças inocentes, mulheres e idosos, massacrados pelos bárbaros americanos, que roubaram sem misericórdia suas preciosas vidas e mancharam suas mãos com sangue", dizem os talibãs.
Nos Estados Unidos, uma pesquisa divulgada no domingo mostra que 60% dos americanos acreditam que a guerra no Afeganistão não valeu a pena e 54% desejam uma retirada imediata.
De acordo com a pesquisa da rede ABC News e do jornal Washington Post, 35% dos entrevistados consideram que o conflito de mais de uma década valeu a pena.
Julgamento
O Parlamento afegão pediu nesta segunda que os culpados americanos do massacre tenham um julgamento público no Afeganistão. "Pedimos firmemente que o governo americano castigue os culpados e os julgue em um processo público ante o povo afegão", afirma um comunicado do Parlamento de Cabul.

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