Dando continuidade a uma operação deflagrada há 2 meses,
onde foram investigados diretores de presídios e detentos acusados de comandar
o tráfico interestadual de drogas no interior das unidades prisionais, mais
sete integrantes do grupo ‘O Cordão’ foram presos ontem. Um bacharel em
direito, acusado de facilitar as negociações ilícitas entre direção e apenados,
está entre os presos.
Todas as prisões ocorreram na cidade de Patos no Sertão da
Paraíba. Um homem e uma mulher acusados já estavam detidos na Penitenciária
Regional da cidade. Quatro armas, 3kg de drogas e R$ 57 mil cheques foram
apreendidos. Entre as armas, um fuzil de uso exclusivo das Forças Armadas
estava de posse da cunhada de um dos líderes, Rucimara Medeiros da Silva. Ela é
cunhada de ‘Carlito’, irmão do comandante do tráfico, Carmésio Claudiano, o
‘Arrepiado’.
A investigação dos acusados começou em janeiro do ano
passado, através de uma parceria da Polícia Militar, Polícia Civil e Grupo de
Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público da
Paraíba. As sete prisões foram realizadas por força de mandado expedido pela
Justiça.
Batizada de operação ‘Hidra II’, o objetivo da ação era
desarticular a ramificação criminosa que continuava atuando após a primeira
força-tarefa que prendeu 23 pessoas e encaminhou para a Penitenciária PB1, em
João Pessoa. Novos líderes estavam assumindo os postos no comando do tráfico de
drogas, fazendo a distribuição dos produtos para bocas de fumo no Sertão da
Paraíba e de Pernambuco.
De acordo com o delegado regional Cristiano Jacques, que
comandou a operação, todos os envolvidos fazem parte da mesma organização ‘O
Cordão’. A divisão de tarefas ainda está sendo levantada pela Polícia Civil,
mas já se sabe que dois detentos faziam o comando interno do tráfico de drogas
no Presídio Regional Romero Nóbrega, enquanto os demais realizavam transporte e
distribuição para as bocas de fumo da região. “Demos continuidade à operação
para desarticular toda a estrutura da organização criminosa, mostrando que a
polícia não está aqui para passar a mão na cabeça de ninguém e sim para aplicar
a lei. As forças da segurança pública estão unidas em prol da população e Patos
hoje é palco das maiores operações do Estado”, afirmou o delegado Cristiano
Jacques.
JP Online
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