quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Homem morre em protestos contra austeridade na Grécia


Um homem de 65 anos morreu nesta quinta-feira (17) por causa de uma crise cardíaca durante uma enorme manifestação no centro da capital grega, onde a polícia lançou bombas de gás lacrimogêneo para dispersar a multidão, informou o Ministério da Saúde.
O homem caiu no chão e foi levado a um hospital de Atenas, onde faleceu, informou a rádio Skai. Outras cinco pessoas, incluindo dois policiais, ficaram feridas em confrontos esporádicos que ocorreram durante o protesto.
O homem, um militante comunista segundo o site InGr, foi vitimado por uma insuficiência respiratória e uma crise cardíaca.
No Twitter, os comentários criticaram o uso de gás lacrimogêneo por parte da política contra os manifestantes.
Manifestante joga pedra em policiais durante confronto em Atenas, na Grécia, nesta quinta-feira (18) (Foto: AFP)Manifestante joga pedra em policiais durante confronto em Atenas, na Grécia, nesta quinta-feira (18) (Foto: AFP)
Manifestantes enfrentam a polícia durante protestos nesta quinta-feira (18) em Atenas (Foto: AFP)Manifestantes enfrentam a polícia durante protestos nesta quinta-feira (18) em Atenas (Foto: AFP)
A Grécia enfrenta a quinta greve geral de 2012, em protesto pelo novo pacote de economia de 13,5 bilhões de euros negociado pelo governo com a troika, comitê de três integrantes formada por Comissão Europeia (CE), Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Central Europeu (BCE).
A greve, que afeta o transporte aéreo, marítimo, ferroviário e urbano, foi convocada pelos principais sindicatos do país, o do setor privado (GSEE) e o do público (ADEDY), contra os cortes previstos no citado pacote, que deverão ser aplicados em 2013 e 2014.
A greve afeta ainda as escolas, os serviços municipais, os hospitais, as companhias públicas e o setor bancário, enquanto a Confederação Nacional do Comércio e a Confederação de Pequenos Empresários pressionaram os comerciantes a fecharem suas lojas.
Os chefes da troika concluíram quarta-feira (17) sua missão na Grécia após ter chegado a um acordo sobre a maior parte das medidas centrais.
Ficou pendente, no entanto, a definição da reforma trabalhista, pela qual a troika quer a redução da indenização por demissão, a extinção dos aumentos salariais por antiguidade e a imposição da semana laboral de seis dias, assim como a eliminação dos convênios coletivos.
As dolorosas medidas, requeridas pelos credores externos como condição para continuar fornecendo o crédito de ajuda ao país a fim de salvá-lo da quebra, inclui ainda a elevação da idade de aposentadoria de 65 para 67 anos, além de cortes em salários públicos, pensões e prestações sociais.
G1

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