Empresas do setor imobiliário e construtoras de obras públicas foram o segmento responsável pela maior parte das doações ao PT e ao PSDB nas eleições para prefeito e vereadores na capital paulista em 2012. A verba disponibilizada chegou a R$ 8,09 milhões, 61% da verba com origem já identificada pelos partidos na prestação de contas que fez ao Tribunal Superior Eleitoral.
Os dados foram divulgados pela Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os partidos que participaram do segundo turno, no entanto, têm até o dia 27 de novembro para atualizar sua prestação de contas.
Na lista do PSDB o grupo Amil aparece em primeiro lugar com R$ 1 milhão. Em seguida, as construtoras OAS e JHSF, com R$ 500 mil cada e a Gafisa, com R$ 400 mil. No total, o partido recebeu doações de 19 empresas ligadas ao setor imobiliário e ao da construção, incluindo o setor de cimento, que renderam R$ 3,6 milhões.A campanha do PT arrecadou cerca de R$ 4,4 milhões do setor. A principal doadora foi a construtora UTC Engenharia, com R$ 1 milhão, mesmo valor repassado pelo Grupo Safra, do setor financeiro. Em seguida a construtora OAS, responsável por grandes obras na cidade como a ponte estaiada Octavio Frias de Oliveira, doou R$ 950 mil. A quarta colocada é a WTorre, que constrói a nova arena do Palmeiras e ainda realiza obras viárias relativas ao complexo JK Iguatemi, onde está o Shopping JK. Também aparecem na lista empresas como a Even, construtora de condomínios, e a imobiliária Multiplan.
Doação oculta
A arrecadação já divulgada pelo PT e pelo PSDB mostra que foram arrecadados R$ 74 milhões pelos comitês e direções dos partidos considerados todas as doações. No entanto, R$ 60 milhões não têm origem especificada, e a origem é apresentada por exemplo como "direção nacional do partido".
A doação oculta é feita geralmente por empresas que não querem que seu nome seja vinculado ao de determinado candidato. O doador então repassa dinheiro ao partido, que depois transferem aos comitês e às campanhas dos candidatos.
Os dados já divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral referem-se aos comitês e às direções partidárias. Até o final de novembro, quando a prestação de contas de partidos que estiveram no segundo turno deve ser finalizada, deverão ser informadas também as doações específicas às campanhas dos candidatos Fernando Haddad (PT) e José Serra (PSDB).
José Serra foi o candidato que previu gastar a maior quantia em campanha no registro da candidatura no TSE - R$ 98 milhões. Em segundo lugar no ranking dos candidatos à prefeitura de São Paulo apareceu Fernando Haddad (PT), que previu gastar R$ 90 milhões.
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G1
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