Depois de quase cinco horas de um cerco a um prédio comercial, no Centro de João Pessoa, onde supostamente dois assaltantes faziam funcionários refénsnesta sexta-feira (30), a polícia informou que os suspeitos não estavam mais no local. A polícia confirmou que houve reféns. No entanto, a polícia acredita que eles deixaram o prédio antes da chegada da primeira guarnição.
Segundo a Polícia Militar, dois homens chegaram por volta das 15h30 (horário local) procurando por um empresário do ramo da construção. Como o empresário não estava, os homens renderam alguns funcionários e fizeram um arrastão.
O major Jerônimo Bisneto, comandante do Batalhão de Operações Especiais (Bope), acredita que os suspeitos tenham fugido antes da chegada da polícia. “Como alguns reféns conseguiram fugir pulando do primeiro andar, acredito que eles aproveitaram o tumulto para escapar”, afirmou.
O comandante disse ainda que pelo modo como agiram, de maneira “calma” e “cautelosa”, os homens conheciam a rotina do local. “Todas as pessoas ficaram ilesas. Porém, os suspeitos chegaram a levar alguns pertences das vítimas”, esclareceu.
Ainda de acordo com Jerônimo Bisneto, quando o Bope chegou cerca de dez pessoas estavam trancadas em uma das salas do prédio. “As pessoas ficaram com medo e resolveram se trancar. Posso afirmar que fizemos uma verdadeira varredura e não encontramos ninguém. Vasculhamos os nove andares, de maneira precisa”, explicou.
O major contou que agir como se os homens ainda estivessem no prédio é primordial para a segurança das vítimas. “Mesmo os homens terem feito as pessoas reféns por alguns minutos, temos que agir como se eles ainda estivessem no local. A polícia não pode arriscar, pois vidas poderiam estar em jogo”, detalhou.
Zilda Jalles Dantas, funcionária do prédio, contou que por algum momento os homens tomaram os funcionários de reféns. “Eles chegaram a cortar os fios dos telefones e nos amarraram. Em seguida, subiram do térreo para os outros andares”, disse.
Jéssica Campos, funcionária de um escritório de empréstimos bancários, disse que os assaltantes agiram com truculência. “Um deles estava bastante nervoso. Creio que deve ter sido o primeiro assalto dele. Ele ameaçava o tempo todo, dizendo: 'A minha pistola está carregada. Para eu sair matando todo mundo não custa nada'. Foram momentos muito difíceis. Achei que fosse morrer”, contou.
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G1
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