segunda-feira, 6 de maio de 2013

Bangladesh expulsa líder de radicais islâmicos após protestos violentos


Allama Shah Ahmad Shahi é escoltado para fora de Daccar (Foto: AFP)O líder de grupo radical islâmico, Allama Shah Ahmad Shahi é escoltado para fora de Daccar. Radicais entraram em confronto com a polícia exigindo lei contra blasfêmia em Bangladesh (Foto: AFP)
O líder das manifestações islamitas que pedem uma lei contra a blasfêmia em Bangladeshfoi escoltado nesta segunda-feira (6) de Dacca, a capital do país, e colocado em um avião com destino a outra cidade, informou a polícia.
Segundo as autoridades, Allama Shah Ahmad Shahi, líder do movimento islamita Hefajat-e-Islam, não foi detido e abandonou a escola religiosa em que estava por vontade própria.
"Foi para o aeroporto na presença da polícia", disse o comissário adjunto da polícia de Dacca, Mahfuzul Islam.
No domingo, pelo menos 28 pessoas morreram e centenas se feriram em confronto entre policiais e dezenas de milhares de radicais islâmicos que exigem uma lei que puna blasfêmias. Os protestos aconteceram no centro da cidade de Dacca.
Autoridades da polícia indicaram à agência de notícias France Presse que cerca de 200.000 pessoas participaram dos protestos no centro da capital bengalesa.Aos gritos de "Alá Akbar" (Deus é grande) e "os ateus devem ser enforcados", militantes do grupo radical Hefajat-e-Islam caminharam por seis grandes ruas da capital de Bangladesh. Imagens transmitidas pela televisão mostraram policiais a bordo de veículos blindados atirando em manifestantes que incendiavam carros e lojas.
Manifestação em Bangladesh deixaram pelo menos 28 mortos (Foto: Reuters)Manifestantes entram em confronto com a polícia em Bangladesh exigindo lei contra blasfêmia ao Islã; pelo menos 28 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas no domingo (5) (Foto: Reuters)
Os militantes exigem pena de morte àqueles que caluniarem a religião islâmica. O primeiro-ministro Sheikh Hasina, que está à frente de um governo laico desde 2009 de Bangladesh, de maioria muçulmana, rejeitou as reivindicações dos islamitas, argumentando que a legislação atual já permite condenar qualquer pessoa que insulte o Islã.
No mês passado, os ativistas do Hefajat organizaram uma greve geral e uma concentração que contou com centenas de milhares de pessoas, considerada a maior em décadas.
G1
Radicais islâmicos oram durante protesto a favor de lei que pune calúnia ao Islã. (Foto: Reuters)Radicais islâmicos oram durante protesto a favor de lei que pune calúnia ao Islã. (Foto: Reuters)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...