sábado, 29 de junho de 2013

Apenas 6% dos presos na Paraíba trabalham

fbf0f47df8f93982822eEntre os 27 Estados brasileiros, a Paraíba é o 5º pior em relação à atividade laboral dentro do sistema penitenciário, segundo levantamento do Instituto Avante Brasil realizado com base nos dados do Sistema de Informações Penitenciárias (InfoPen). O estudo mostra que apenas 6% de um total de 8.756 presos paraibanos trabalhavam internamente em 2012, ou seja, somente 558 presos estavam exercendo algum tipo de atividade nos presídios paraibanos no ano passado. Isso resultou na taxa de ocupação de 63,7 detentos a cada mil.

Conforme o estudo, a Paraíba ficou com a pior média de presos por mil detentos em atividade laboral no ano passado. O Estado só perdeu para Alagoas (taxa de ocupação de presos ficou em 57,5), Rio Grande do Norte (48,9), Ceará (26,3) e Rio de Janeiro (15,3). A Paraíba também ficou abaixo da média do país que foi de 167 presos ocupados a cada mil. No Brasil, dos quase 550 mil presos, aproximadamente 92 mil (17%) trabalhavam em atividades dentro dos presídios.

O estudo revela ainda que das 8.756 pessoas da população carcerária, em 2012, 8.164 eram do sexo masculino e 592 do sexo feminino. Desse total, somente 558 exerciam algum tipo de atividade laboral na penitenciária, sendo 508 homens, dos quais 372 realizavam apoio ao estabelecimento penal, 18 prestavam atividades em parceria com órgão do Estado, 110 produziam artesanato e 8 faziam atividade rural. Já as 50 mulheres que foram identificadas realizando atividade laboral nesse período, todas prestavam apoio no próprio estabelecimento penal.

Ainda conforme a pesquisa, nenhum detento foi registrado exercendo trabalho em parceria com a iniciativa privada, em parceria com paraestatais (Sistema S e Organização Não Governamental) e nem em atividade industrial.

De acordo com o secretário da Administração Penitenciária da Paraíba, Walber Virgolino, a pasta tem procurado, desde o início da gestão, inserir os presidiários em diversas atividades, sejam educacionais ou laborais, a exemplo da parceria firmada recentemente entre governo do Estado e a indústria PetPlast, que está sendo implantada para levar 50 vagas de trabalho aos presídios de João Pessoa.

“Estamos executando ações com o objetivo de reintegrar o apenado à sociedade. Essa parceria vai ofertar não só o trabalho, mas uma segunda chance para a vida deles, que vão ocupar o tempo ocioso com experiência profissional e qualificação através de cursos. A previsão de produção da empresa, assim que estiver em funcionamento, é de 20 mil embalagens do tipo pet por mês, podendo atender a Paraíba e Estados vizinhos”, disse.

Segundo Walber, a empresa que tem sede na cidade de Recife, em Pernambuco, vai qualificar os reeducandos, através de parcerias que irão buscar junto ao Senai para que se possa, cada vez mais, promover a reinserção social dos detentos, trazendo novas perspectivas de vida para os detentos. (Colaborou Luzia Santos)

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