sábado, 29 de junho de 2013

Estudante do DF perde 56 kg, ganha vida social e pretende se casar logo

À esq., uma das raras fotos de Silom mais gordo, aos 148 kg. Ao lado, ele correndo na esteira e agora, aos 96 kg (Foto: Arquivo pessoal)
Foi ao jogar bola com os amigos, há dois anos, que o estudante de computação Silom Brandão, de 24 anos, machucou o tornozelo, ficou cinco meses parado e ganhou 50 kg. As madrugadas na frente do computador, disputando jogos online de tiro, e os lanches noturnos à base de pizza, cachorro-quente, bolos, bolachas recheadas e refrigerante também contribuíram para que o jovem saltasse de 100 kg para 150 kg, em 1,95 m de altura.
Na virada de 2011 para 2012, porém, o jovem percebeu que queria um novo ano diferente. Passadas as festas de Natal e réveillon, a primeira medida foi cortar o refrigerante, que acompanhava Silom diariamente, do café da manhã até o amanhecer seguinte.“Nesse período, relaxei na alimentação, não tive controle nenhum, e ficava o dia todo no computador. Aí entrei em depressão, não tinha vontade de fazer nada, passava o dia todo dentro de casa. Minha autoestima foi para o fundo do poço”, lembra Silom, que mora na região administrativa Guará II, a 11 km de Brasília.
“Nas duas primeiras semanas, foi muito difícil, achei que não daria conta. Mas, se você coloca uma coisa na cabeça, tente focar, que vai obter resultado”, destaca. Em seguida, a restrição atingiu frituras, pizzas, biscoitos, chocolates e afins.
“Como de tudo, mas de uma forma bem moderada. Às vezes, dou uma escapulida, mas ‘desço a lenha’ na academia depois e fecho um pouco a boca”, afirma.
Após a mudança na dieta, o segundo passo foram, na verdade, vários. O estudante começou a caminhar, sempre à noite, para que ninguém o visse com todo aquele peso. No começo, os exercícios duravam 15 minutos, três vezes por semana. E os resultados vieram logo no primeiro mês: 12 kg a menos na balança.
“Fiquei tão entusiasmado. Não tive ajuda de ninguém, nem de nutricionista, nem de academia, nada. Mas recebi apoio dos meus irmãos e das minhas tias e primas que moram no Mato Grosso do Sul”, conta.
Silom Brandão vai à academia seis vezes por semana, durante 1h30 a 2h (Foto: Arquivo pessoal)
Da caminhada à corrida
Em julho do ano passado, Silom completou sua primeira corrida de 8 km pelas ruas de Guará II.

“Chorei tanto nesse dia, foi muita emoção. Passei por cada coisa, que só Deus mesmo para saber. Foi muita humilhação, preconceito”, revela.
De lá para cá, ele começou a namorar, voltou a jogar as “peladas” de fim de semana com os amigos e entrou na academia, aonde vai de segunda a sábado. Durante 1h30 a 2h, faz musculação e atividades aeróbicas. Dessa forma, já perdeu 56 kg – chegou aos 94 kg –, ganhou 2 kg de massa muscular e a pele que sobrou no abdômen está quase normal.
Hoje, o estudante corre duas vezes por semana – se continuasse no ritmo anterior, “ia virar um queniano” –, durante 45 minutos, em ritmo acelerado. Ao todo, ele percorre entre 7,5 km e 8 km.
“O que mais perdi foi barriga. Quando sentava, caía tudo para frente. Hoje me sinto bem melhor, minha namorada fala que está bom, que melhorou demais”, comemora.
Os dois começaram a namorar em dezembro de 2012 e, há três meses, moram juntos. Eles pretendem noivar em breve, e o casamento deve ser no ano que vem. Até lá, Tamires também quer afinar a silhueta e "enxugar" 10 kg.Silom conheceu Tamires pela internet, em um site de relacionamentos, quando ele estava com 120 kg, no meio do processo de reeducação alimentar.
“Ela já cortou doces, refrigerante, incluiu frango grelhado, alface. Além disso, estamos indo juntos à academia”, diz.
Pressão alta, dor lombar e gordura
Com a redução de peso, Silom viu, ainda, sua pressão arterial diminuir, de 15 de máxima para 12/8 atualmente. Outra melhora foi na dor na coluna lombar, que havia piorado no período em que o jovem passava horas sentado na frente do computador. Ele acredita que as corridas e a academia ajudaram muito a amenizar o problema.

“Além disso, quando entrei na academia, meu percentual de gordura era de 25%. Agora tenho 17%, e meu objetivo é chegar aos 10%”, revela o estudante, que chegou a usar calça tamanho 54 e camisa XG – hoje veste 46 e G, respectivamente, de um guarda-roupa totalmente renovado. As peças antigas foram doadas para funcionários do condomínio onde ele mora.
Vindo de uma adolescência com sobrepeso e uma família com mais pessoas na luta contra a balança – o irmão mais novo perdeu 30 kg em 2007 e o pai emagreceu 15 kg –, Silom faz planos para o futuro e para a barriga.
“O pouquinho de pele que ainda tenho dá para eliminar com a academia até outubro. No casamento, quero ter um tanquinho já. Espero ganhar mais massa magra, manter o peso e esse estilo de vida mais saudável. Quando tiver filhos, vou ensiná-los desde pequenos: vai ter suco natural da fruta, nada de refrigerante”, ressalta.
G1

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