segunda-feira, 22 de julho de 2013

Motorista de ônibus é denunciado por passageiros ao fugir de fiscalização

Um ônibus clandestino foi apreendido domingo (21), na BR-116, próximo ao município de Vitória da Conquista, na região sudoeste da Bahia, após os passageiros denunciarem o motorista para a Polícia Rodoviária Federal (PRF). O condutor do veículo mudou o roteiro da viagem, pegando uma via alternativa, por estrada de chão, a fim de desviar do posto de fiscalização.
"Esse ônibus utilizou o desvio para não passar no posto da Polícia Rodoviária Federal, uma estrada vicinal, perigosa, e os passageiros ligaram para o 191 aqui para o posto. Nós saímos na BR-116, sabíamos onde ele deveria sair e fizemos a abordagem na saída do desvio. Os passageiros estavam muito revoltados. Vamos fazer com que as pessoas viajem em outro ônibus, de uma empresa legalizada", afirmou o inspetor da PRF Ruvenal Farias.
Ao levantar os dados do motorista, a PRF verificou que ele tem um mandado de prisão expedido pela polícia da Paraíba. Ele é suspeito de dirigir um veículo durante um assalto no estado. O homem foi detido e encaminhado para a Polícia Civil.
Clandestinidade
Os passageiros, que viajavam de Jequié para São Paulo, contam que perceberam que algo estava errado quando chegaram na rodoviária e viram que o ônibus não era do modelo que constava na passagem que tinham comprado.

Ainda de acordo com os passageiros,  o motorista chegou a pagar um motociclista para ensinar a rota alternativa."Desde o momento que ele entrou na rodoviária eu vi que ele não estava em boas condições, bom estado de seguir viagem. Se eu soubesse que era clandestino jamais teria pego pra vir sem segurança", diz Genivalda Santos, promotora de vendas.
"A passagem marcava a viagem para 7h30, quando [ônibus] saiu era 8h15. A gente veio reclamando que o ônibus não tinha condições. Chegou em Conquista o motorista parou, não sei o que ele ficou sabendo, que veio trazendo a gente pela estrada de terra, na frente ele se perdeu, pediu informação, aí ele pagou R$50 a um motoqueiro que orientou ele até perto da pista, onde foi parado pela PRF. Se eu soubesse que essa empresa era clandestina  eu jamais teria comprado a passagem, estou decepcionada", afirma Noélia Matos, costureira.
Irregularidades
A PRF destaca que além de tentar burlar a fiscalização, o ônibus estava sem condições de trafegar, apresentando para-brisa trincado, faróis quebrados e pneus desgastados. Ainda segundo a PRF, a empresa responsável pelo veículo opera com uma liminar, ou seja, uma autorização judicial que permite que ela faça viagens em algumas rotas pelo país, mas ela não tem autorização para realizar o trecho entre Jequié e São Paulo.

"Esse ônibus funciona com autorização judicial. [Os responsáveis] vão ser autuados por transporte irregular de passageiros", diz Fernando Cabral, fiscal da Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT).
G1pb

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