sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Em 30 anos, NE é região com maior alta na expectativa de vida, diz IBGE

A região Nordeste foi a que registrou o maior crescimento na taxa de expectativa de vida em 30 anos, com aumento de 12,95 anos. É o que mostram números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta sexta-feira (2).
Em todas as regiões e estados do país, o IBGE constatou acréscimos na esperança de vida ao nascer. No Brasil, em 2010, a esperança de vida ao nascer no país era de 73 anos, 9 meses e 3 dias, revelando um acréscimo de 11 anos, 2 meses e 27 dias em comparação com 1980, quando o índice era de 62,52 anos.

De acordo com o levantamento, moradores da Região Sul registraram a maior taxa de expectativa de vida, podendo viver até 75,84 anos. Em seguida, vem o Sudeste, com 75,40 anos; na terceira posição está o Centro-Oeste, com 73,64 anos; o Nordeste ficou em quarto, com 71,20 anos e, na última posição, está o Norte, com 70,76 anos.

As informações fazem parte das Tábuas de Mortalidade, que usam dados do Censo de 2010, de estatísticas de óbitos provenientes do Registro Civil e do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde referentes a 2010. As tábuas, que são divulgadas todos os anos, foram recalculadas a partir de um recorte regional. Os dados de 2010 por estado foram divulgados pela primeira vez pelo instituto.
Estados
Santa Catarina foi o estado que apresentou a maior expectativa de vida tanto para mulheres quanto para homens. Enquanto elas alcançam 79,90 anos, eles podem chegar até 73,73 anos – a média de idade do estado é de 76,80 anos.

Na contramão está o Maranhão, com o menor índice de esperança de vida ao nascer, com 68,69 anos. As mulheres de Roraima são as que vivem menos, segundo o IBGE, com expectativa de vida de 72,81 anos. Já Alagoas é o estado onde os homens vivem menos, com expectativa de vida de 64,60 anos.
O estado que mais elevou sua expectativa de vida entre 1980 e 2010 foi o Rio Grande do Norte (média de 15,85 anos). A esperança de vida aumentou 14,65 anos para homens e 17,03 anos para as mulheres na unidade federativa.
Segundo o estudo, ao longo de três décadas a expectativa de vida no país aumentou, anualmente, cerca de 4 meses e 15 dias. As mulheres brasileiras alcançam idades mais avançadas que as dos homens. Enquanto elas vivem em média 77,38 anos, eles podem atingir 73,76 anos – uma diferença de 7,17 anos. Em 1980, essa diferença era de 6,07 anos, segundo o instituto.
Segundo o IBGE, em 2010, a mortalidade masculina atingiu principalmente jovens do grupo de idade entre 20 e 24 anos. Houve um acréscimo de 115,6% na comparação com 1980, uma probabilidade que passou de 2 para 4,4 vezes nos últimos 30 anos. Ou seja, a chance de um homem de 20 anos não atingir os 25 anos em 2010 era 4,4 vezes maior do que a mesma probabilidade para a população feminina.
Sobremortalidade masculina
O levantamento chama a atenção para a sobremortalidade masculina, resultado da maior exposição dos homens aos óbitos por causas externas, como homicídios ou acidentes de trânsito.


Todos os estados do Brasil tiveram alta na mortalidade masculina, no grupo de idade entre 20 e 24 anos, segundo o IBGE. O Nordeste registrou o maior índice, seguido do Sul do país.

O estado de Alagoas foi o que apresentou a maior taxa de mortalidade, aumento de 348,3% nas últimas três décadas. Bahia vem em seguida, com alta de 240% no período. O Acre foi o estado que deteve a menor alta, com acréscimo de 35% nas mortes.

G1

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