quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Juiz que afirma estar em greve de fome passa mal e é internado na PB

O juiz José Edvaldo Albuquerque de Lima, preso durante a Operação Astringere e que afirma estar em greve de fome, passou mal e foi hospitalizado em João Pessoa na madrugada desta quarta-feira (7). A  informação foi confirmada pelo setor de enfermagem do Hospital Samaritano, onde o magistrado está internado. O quadro de saúde dele é estável.
Segundo informações do Samaritano, José Edvaldo deu entrada no hospital bastante debilitado, com a taxa de açúcar no sangue baixa e com a pressão alta. A enfermagem da unidade ressaltou que o juiz é diabético e hipertenso e seu quadro teria sido causado por ele não estar se alimentando bem. Edvaldo está sob a custódia de dois policiais no hospital.
Também na terça, o vice-diretor do Centro de Ensino da Polícia Militar, tenente-coronel Joselito Alexandre, afirmou que não tinha conhecimento da greve de fome de Edvaldo. Nesta quarta-feira (7) ele voltou a ser procurado pelo G1 para falar sobre a internação do juiz, mas se negou a falar com a reportagem.Na terça-feira (6) José Edvaldo afirmou que começou a greve de fome na prisão no final de semana.O magistrado disse que pretende ficar sem se alimentar até que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) faça uma correição em todos os processos julgados por ele. Ele conversou com o G1 usando um telefone celular dentro da cela do Centro de Ensino da Polícia Militar, em João Pessoa, onde está preso desde abril, quando foi deflagrada a Operação Astringere.
José Edvaldo é acusado de comandar um esquema de fabricação de multas judiciais, em conluio com advogados, que funcionava no Fórum de Mangabeira. Ele foi denunciado por formação de quadrilha, corrupção passiva e abuso de autoridade.
Entenda a Operação Astringere
 Durante a Operação Astringere, dez pessoas em João Pessoa e Brasília suspeitas de participar de um esquema que “fabricava” astreintes, multas em dinheiro definidas pelo magistrado para que pessoa ou empresa citada em um processo cumpra uma ordem judicial. A Operação foi deflagrada após solicitação da Justiça Estadual.

Segundo as investigações, o juiz José Edvaldo favorecia os advogados liberando alvarás com rapidez e definindo multas em dinheiro para aqueles que não cumpriam a ordem, segundo a PF.
O esquema de alvarás e astreintes acontecia sem nenhum conhecimento da pessoa responsável pela ação judicial ou por meio de ações promovidas em nome de “laranjas”, pessoas que não sabiam que tinham seu nome usado para promoção de ações judiciais.
Na época, o então superintendente da Polícia Federal na Paraíba, Marcelo Diniz Cordeiro, disse que a quadrilha agia de maneira organizada, podendo ser considerado um “sindicato” do crime.
G1pb

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