sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Lá vem ele!

O ISON vem vindo, isso é mais do que certo. Tido como o “cometa do século” por causa de seu alto brilho enquanto estava para além da órbita de Júpiter, o cometa ficou mais de 2 meses muito “próximo” do Sol. Próximo por efeito de projeção, depois de ter cruzado a órbita de Júpiter, a posição relativa entre o cometa, a Terra e o Sol o deixou ofuscado, impedindo-nos de acompanhá-lo. Isso até há pouco mais de 15 dias.

No meio de agosto, Bruce Gary, um rádio astrônomo aposentado no Arizona, conseguiu a primeira imagem da redescoberta do ISON. Nessa ocasião ele mediu o brilho do cometa e chegou a um valor muito mais baixo do que o esperado. Seguindo modelos de aumento de brilho conforme um cometa se aproxima do Sol, a conclusão foi de que o ISON mal seria visto a olho nu. Só que o próprio Gary comentou que as condições em que o ISON foi observado eram difíceis. Muito perto do horizonte, a camada de ar da atmosfera atrapalha e muito os cálculo de brilho. Isso no final se revelou uma boa notícia!
Com a mudança das posições da Terra e do cometa, agora ele está mais bem posicionado, tendo se afastado um pouco mais do brilho do Sol. Na atual situação o ISON pode ser observado de maneira relativamente fácil, de acordo com os especialistas em cometas, com telescópios de 30 cm. Com mais gente observando, as novas estimativas de brilho, combinadas com os modelos que descrevem seu comportamento em relação à distância do Sol, estão ficando menos pessimistas.
Essa imagem foi obtida por Chris Schur, também no Arizona, EUA, no último dia 17. Ela foi composta de 5 imagens com 5 minutos cada, todas guiadas no núcleo do cometa, por isso as estrelas aparecem como traços. Dessa imagem, o brilho atual foi estimado em 12,5 magnitudes.
Na atual posição do ISON, seu brilho está maior que o brilho do cometa Lovejoy em 2011, na mesma distância ao Sol. Tal qual o Lovejoy, o ISON deve passar muito próximo do Sol e sobreviveu ao seu intenso calor e à sua força gravitacional. Bom, se as similaridades continuarem, o ISON deve se tornar um cometa visível a olho nu, não deve ser o cometa do século, mas um bom presente de final de ano.
Aliás, no dia primeiro de outubro, o ISON deve passar muito próximo de Marte e certamente veremos imagens bem bonitas dos dois astros juntos. Mas muito mais interessante é que todas as sondas operacionais em Marte estão sendo reprogramadas para acompanhar essa passagem! Mal posso esperar por essas imagens.
G1

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