sábado, 28 de setembro de 2013

PMs serão indiciados por sequestro e morte de Amarildo

Ato na Rocinha organizado pela Anistia Internacional questiona o paradeiro de Amarildo, que está desaparecido desde 14 de julho, quando foi levado para prestar esclarecimentos na UPP da Rocinha. Milena, filha mais nova de Amarildo Foto: Paula Giolito / Agência O Globo
RIO - O Ministério Público vai receber nesta segunda-feira o relatório do inquérito da Divisão de Homicídios que apura o desaparecimento do ajudante de pedreiro Amarildo de Souza. Ele foi visto pela última vez no dia 14 de julho, quando foi levado por policiais militares para a sede da Unidade de Polícia Pacificadora da Rocinha para averiguação, durante a operação policial “Paz Armada”. No documento, pelo menos cinco policiais, entre eles o major Edson Santos, ex-comandante da UPP da comunidade, serão acusados pelo crime de sequestro seguido de morte de Amarildo. Também será pedida a prisão preventiva dos acusados.

A prisão preventiva, ainda de acordo com fontes da polícia e do MP, será pedida porque testemunhas do crime denunciaram ter havido coação, tentativa de suborno e intimidação durante as investigações. O relatório será entregue dois meses depois de o caso ter sido assumido pela Divisão de Homicídios. De acordo com as investigações, Amarildo teria sido levado na noite de domingo pelos policiais Douglas Roberto Vital Machado, conhecido como Cara de Macaco, Jorge Luiz Gonçalves Coelho, Marlon Campos Reis e Victor Vinícius Pereira da Silva. Cara de Macaco, segundo o inquérito, seria desafeto da família do ajudante de pedreiro e abordou Amarildo quando ele saía de uma birosca, próxima de sua casa. Mesmo com moradores relatando ter pedido para ele deixar Amarildo em paz, o PM Vital teria falado através do rádio com o major Santos, que determinou que o levassem até a UPP.



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