sábado, 11 de janeiro de 2014

Francês que viaja pelo mundo de bicicleta passa dois dias na PB


Francês saiu pedalando da Inglaterra em junho de 2013 e atravessou Atlântico de barco (Foto: Andréia Martins/G1 PB)
Um francês de 25 anos que está há seis meses viajando pelo mundo de bicicleta chegou à Paraíbana quinta-feira (9) e passou dois dias na casa de uma família no Distrito Industrial, em João Pessoa. Paulin Cointot saiu de Londres, onde trabalhava com efeitos especiais cinematográficos, em junho de 2013. Ele retoma a pedalada na tarde desta sexta-feira (10), seguindo até a Argentina e depois sobe, sempre pedalando, para os Estados Unidos.

O caminho entre Inglaterra e Paraíba foi longo. Depois de sair de Londres e cruzar a Europa, Paulin entrou na África pelo Marrocos, passou pela Tanzânia e Costa do Marfim, fazendo trilha pelo noroeste do continente. De lá, ele cruzou o Atlântico de barco e chegou ao Brasil por Fernando de Noronha, de onde pegou outro barco para Natal e seguiu pedalando até chegar em João Pessoa.
O guarda municipal Carlos Wendell Ferreira Vasconcelos, de 36 anos, vinha de Natal para a capital paraibana em sua moto quando encontrou Paulin na estrada, na altura da cidade de Mamanguape. Curioso pelo tamanho da bagagem que o ciclista levava, parou para conversar com ele e acabou convidando-o para ficar na casa de sua mãe, em João Pessoa. Paulin não fala português e Carlos não falava inglês há mais de dez anos, mas conseguiram se comunicar.
Paulin (à esquerda), foi convidado para se hospedar na casa de Carlos por dois dias, em João Pessoa (Foto: Andréia Martins/G1 PB)
Paulin não usa mapa para se orientar; ele se guia apenas por uma bússola, mas contou que já a perdeu e agora tem dependido da ajuda dos outros para se guiar corretamente. “Quando você se perde, descobre as coisas mais interessantes, mas também uso minha intuição para me guiar a partir do conselho das pessoas que encontro”, afirma. Os planos do francês são de ver como é construída a cultura de cada país e de conhecer como as pessoas vivem.“Todo dia, umas cinco pessoas diferentes me param para perguntar o que estou fazendo. Eu me sinto mais perto das pessoas por onde passo com a bicicleta, coisa que não é possível viajando de ônibus ou avião”, observa Paulin. Ele contou que só dormiu três vezes na barraca que trouxe porque tem sido convidado para ficar nas casas das pessoas em praticamente todos os lugares por onde passou. “Quando se viaja assim, você sempre recebe muito mais do que dá”, disse o ciclista.

Ele ainda vai encontrar amigos franceses que moram em Salvador e no Rio de Janeiro e seguirá até a Argentina, onde pretende parar para trabalhar por algum tempo. Depois, ele deve pedalar até os Estados Unidos. No primeiro dia de viagem, ele raspou os cabelos e a barba e só pretende cortá-los novamente quando chegar a Buenos Aires. Paulin conta sua aventura em um site, que alimenta regularmente com fotos e informações sobre os lugares por onde passou. Além da hospitalidade dos pessoenses, Paulin agora carrega mais uma coisa além da bicicleta de 20kg e a bagagem de 45kg: um pacote de flocos de milho para fazer cuscuz.
G1pb

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