quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Mais um ônibus é incendiado no extremo da Zona Leste de SP

Um ônibus ficou parcialmente danificado após ter sido incendiado na noite desta terça-feira (28) na Zona Leste de São Paulo, de acordo com informações da Polícia Militar. Com mais este, chega a 29 o número de coletivos municipais atacados desde o dia 1º de janeiro, segundo levantamento da São Paulo Transportes (SPTrans). Desta forma, passa de um a média de ônibus que foi alvo de algum tipo de vandalismo por dia.
Outros 28 ônibus intermunicipais também foram incendiados ou depredados na região metropolitana de São Paulo desde o dia 1º até esta terça-feira, segundo levantamento da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU).
O ataque ocorreu às 23h15 desta terça-feira, na altura do número 200 da Rua Desembargador Arlindo Pereira Lima, em Cidade Kemel, no Itaim Paulista. Não houve vítimas e ninguém foi preso, segundo a PM. O motivo do ato de vandalismo não foi informado.
Medo
Por causa do medo do vandalismo, linhas deixaram de circular à noite em alguns bairros. O número já superou todo 1º semestre do ano passado, quando foram registrados 21 ônibus queimados na capital paulista.

A SPTrans informou, por meio de nota, que solicitou formalmente reforço policial preventivo nos bairros com dificuldades de operação, entre eles alguns na Zona Sul da capital, onde três ônibus foram atacados nesta terça-feira. "A SPTrans entende que a polícia precisa tomar providências para que a situação volte à normalidade e está recorrendo a todas as medidas que estão ao seu alcance para assegurar o transporte dos passageiros", diz o comunicado.

A Secretaria da Segurança Pública, por meio de nota, informou que todos os casos de ônibus queimados estão sendo investigados pela Polícia Civil, com "o firme objetivo de prender os responsáveis".
Além disso, a SSP afirmou que a Polícia Militar mantém o policiamento preventivo e ostensivo para combater o problema. "Prova disso foi a detenção realizada nesta terça-feira (28/01) de oito pessoas por apedrejarem dois ônibus e atear fogo em um terceiro na região do M’Boi Mirim, na zona sul da Capital paulista. Dos detidos, seis são menores de 18 anos. Os detidos serão indiciados por associação criminosa, dano qualificado, resistência e, no caso dos detidos por atear fogo ao ônibus, por incêndio", completou o comunicado.
Linhas que deixaram de circular à noite
714C/10 Cohab Educandário - Largo da Pólvora
748R/10 Jardim João 23 - Metrô Barra Funda
7545/10 Jd. João 23 - Praça Ramos de Azevedo
771P/10 Jd. João 23 - Hosp. das Clínicas
778J/10 Jd. Arpoador - Metrô Barra Funda
7903/10 Jd. João 23/Educ - Praça Ramos de Azevedo
8023/10 CDHU Munck - Butantã
8077/10 Jd. João 23 - Metrô Butantã
809D/10 Cohab Educandário - Terminal Pinheiros
8610/10 Jd. Paulo VI - Terminal Bandeira
* Fonte: São Paulo Transporte (SPTrans)
 Dificuldades na operação
A SPTrans esclareceu que há dificuldades na operação do sistema de transporte coletivo nas áreas do Jardim João 23, na Zona Oeste, e do Jardim Ângela, na Zona Sul. Desde sábado (25), 10 linhas de ônibus operadas pela Transppass que servem os jardins João 23 e Educandário não estão circulando à noite no interior dos bairros, de acordo com a SPTrans. Os coletivos estão retornando seis pontos antes da parada final. As linhas  transportam, diariamente, pelo menos 80 mil pessoas.

De acordo com a SPTrans, os motoristas desembarcam os passageiros na Raposo Tavares, entre os quilômetros 15 e 18 da rodovia. O motivo alegado para não completar seus itinerários é falta de segurança. Naquela região, um ônibus foi incendiado desde sábado e motoristas e cobradores reportam ameaças.
Nesta terça, quatro linhas operadas pela concessionária VIP e oito linhas da permissionária Cooper Pam tiveram suas frotas recolhidas às garagens por determinação das empresas na região do Jardim Ângela, informou a SPTrans. As 12 linhas transportam, diariamente, 120 mil pessoas.
A SPTrans afirma que “solicitou formalmente apoio às autoridades policiais e reforço policial preventivo nos bairros com dificuldades de operação e em toda a cidade com o objetivo de garantir a segurança e o direito ao transporte público do cidadão paulistano”.
Ônibus atacados
Nesta terça-feira, dois adultos foram presos em flagrante e seis adolescentes, apreendidos suspeitos de participarem de ataques a ônibus na Zona Sul de São Paulo, segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP). Os suspeitos foram encaminhados ao 47º Distrito Policial, no Capão Redondo, e podem responder por incêndio, associação criminosa e dano ao patrimônio. Os menores deverão ser encaminhados à Fundação Casa.

Em um dos casos, um grupo de cerca de 15 pessoas foi flagrado apedrejando um coletivo. O segundo alvo estava a cerca de 1,5 km de distância, em um cruzamento da Estrada do M'Boi Mirim. O grupo incendiava o ônibus quando os policiais chegaram. O terceiro alvo estava na Rua Citeron, na mesma região, e também foi apedrejado por cerca de 15 pessoas. Ninguém ficou ferido nas três ocorrências. Segundo a Polícia Civil, os detidos disseram que protestavam pela morte de um amigo.
Outros casosO ônibus incendiado na Estrada do M’Boi Mirim fazia a linha Embu Guaçu (Vila Louro)/São Paulo (Santo Amaro), de acordo com a EMTU. Por causa das manifestações na região, a operação de nove linhas intermunicipais que atendem a área foram paralisadas por volta das 17h.
Apenas no fim de semana, quatro ônibus foram destruídos durante protestos em São Paulo. Três deles na Zona Sul e um na região Leste. No domingo, um ônibus da empresa Cooper Pam estava na Avenida Paulo Guilguer Reimberg, na região de Parelheiros, quando os criminosos ordenaram ao motorista que parasse. Eles obrigaram os passageiros a descer e puseram fogo. Por volta de 19h de domingo, um ônibus foi queimado no bairro Colônia Nova, no Jardim Ângela. Um pouco mais tarde, por volta de 20h, um ônibus foi incendiado na Avenida Nossa Senhora das Mercês. No sábado (25), um ônibus foi queimado na Avenida Professor Luiz Inácio de Anhaia Melo, na Zona Leste.
G1

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