sábado, 25 de janeiro de 2014

Milhares protestam em Bangcoc pelo cancelamento das eleições gerais

Manifestantes tailandeses carregam bandeira nacional durante um comício em Bangcoc neste sábado (25).  O Tribunal Constitucional da Tailândia decidiu que as eleições marcadas para o próximo mês podem ser adiadas devido à instabilidade política.  (Foto: Pornchai Kittiwongsakul/AFP)
Milhares de pessoas começaram neste sábado (25) uma manifestação por várias avenidas deBangcoc, a capital da Tailândia, com o objetivo de fazer com que o governo interino cancele as eleições gerais previstas para 2 de fevereiro.
A marcha, comandada pelo líder dos protestos Suthep Thaugsuban, acontece um dia após oTribunal Constitucional da Tailândia abrir a possibilidade para que as eleições gerais, das quais os manifestantes antigovernamentais e a Comissão Eleitoral se opõem, sejam adiadas.
No entanto, o tribunal também indicou que, caso seja decidido o adiamento, a Comissão Eleitoral e o Executivo, favorável à realização das eleições, devem estabelecer uma data alternativa através de um novo decreto real.
Está previsto que neste domingo (26) comecem as votações antecipadas das pessoas que residem longe de seu local de recenseamento e não poderão comparecer às urnas.
Cartas para estrangeiros"Não bloquearemos as eleições, mas tentaremos persuadir as pessoas nos colégios eleitorais para que se unam à reforma da Tailândia, ao invés de exercerem seu direito ao voto", disse ontem Thaugsuban em um discurso para seus seguidores.
O líder das manifestações enviou cartas explicando seu processo "pacífico" de reformas para várias personalidades internacionais, entre elas o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.
Thaugsuban, que esta semana ameaçou bloquear os acessos a todas as seções eleitorais, afirmou que seu movimento não é antidemocrático, segundo carta dirigida ao presidente americano e postada neste sábado em seu Facebook oficial.
Suthep, que abandonou seu cargo como parlamentar e o Partido Democrata para embarcar nesta "cruzada", exige a renúncia do governo interino de Yingluck Shinawatra e o cancelamento das eleições legislativas até que uma reforma do sistema político seja feita para acabar com a corrupção.
As reformas seriam realizadas por um conselho popular não eleito de 400 membros durante o período aproximado de um ano.
Yingluck rejeitou o uso da força contra os manifestantes desde o primeiro dia e apostou suas fichas nas eleições antecipadas.
Desde 2006, a Tailândia vive uma profunda crise política que a cada um ou dois anos desemboca em manifestações de partidários e opositores de Thaksin Shinawatra, ex-primeiro-ministro e irmão da atual chefe de governo, que causaram dezenas de mortes e grandes prejuízos econômicos.

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