terça-feira, 4 de março de 2014

Sem salário! Servidores da UFCG, Campus de Patos, passam carnaval sem dinheiro no bolso

As chamadas terceirizações no serviço público estão provocando mais um momento lamentável para os trabalhadores. Dessa vez as vítimas são os funcionários da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Campus de Patos, que já estão há dois meses com os salários atrasados.
O caso pode estar se repetindo em outras universidades federais da região da Paraíba. A situação se deu desde a contratação de uma nova empresa para realizar os serviços com trabalhadores terceirizados dentro das instituições federais.
Com o atraso, os trabalhadores estão passando literalmente o carnaval de bolsos vazios. “Nem sabemos o que fazer a não ser tornar pública a situação. Tenho família e filhos. Atrasei minhas contas e a dificuldade é tamanha. Dependo desse emprego e a dificuldade é grande, pois dois meses de salário atrasado não é fácil”, disse um dos funcionários que pediu para não ser identificado.
“Nos prometeram em pagar os salários dentro do mês trabalhado, mas parece mesmo que foi só promessa de campanha”, reitera revoltado o trabalhador.
Com a saída da empresa “Zelo”, de Campina Grande, a empresa “Polyserv Serviços LTDA”, de João Pessoa/ PB, concorreu e ganhou a licitação. Mas desde o episódio de saída da primeira empresa o caso está sem perspectiva de regularização dos salários.
“Por comodismo e má vontade da direção da UFCG, nossa carteira só foi assinada no dia 17 de fevereiro deste ano, só que desde o dia 27 de janeiro que trabalhamos duro todos os dias, isso é um absurdo! Se estamos aqui é porque precisamos!”, desabafa o servidor terceirizado.
A reponsabilidade recaia sobre a Prefeitura do Campus que é responsável por esses funcionários. “No dia 31 de dezembro de 2013 a empresa ZELO deu baixa na carteira de trabalho. Esta rotina implica a colocação da data de saída que é o último dia trabalhado. O prefeito responsável Jeroan disse que no dia 2 de janeiro a carteira já estaria assinada e não precisava da entrada no seguro desemprego, é uma enrolada só. Parece que com a mudança de direção foi pior”, diz uma das funcionárias que não pode ser identificada para não perder seu emprego.
“Nosso objetivo em ter procurado esse site, é porque ele tem bastante credibilidade nessa cidade e queremos que todos saibam que o que estamos passando não é fácil. Para completar, agora a direção trouxe um ponto eletrônico e temos que trabalhar semanalmente nove horas corridas. Isso não é fácil e nem justo, pois eu e muitos que moramos distante temos que acordar as 04:00h da madrugada para estar no trabalho e não passar do horário de assinar esse ponto. Paguem nosso salário, sejam justos, pois todos nós temos conhecimento do exacerbado dinheiro repassado pela UFCG, Campus de Patos”, complementou mais um funcionário na luta pelos seus direitos.
A reportagem não conseguiu contato com os responsáveis pela contratação da nova empresa, mas deixa o espaço aberto para os devidos esclarecimentos.
Fonte: Jozivan Antero - Patosonline.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...