quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Delegada pede prisão preventiva de marido de procuradora assassinada


A delegada Renata Ribeiro Fagundes pediu a prisão preventiva do marido da procuradora federal assassinada na madrugada desta quinta-feira (2) em um condomínio de luxo emNova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Segundo a Polícia Civil, ele deixou o condomínio por volta das 4h40, após cometer o crime. A vítima já havia registrado queixa por ameaça de morte.
Ana Alice Moreira de Melo, de 35 anos,  foi morta dentro de casa no condomínio Vila Alpina. Dois filhos do casal e a babá estavam na mansão no momento do crime. Segundo a PM, o suspeito estava na casa e teria discutido com a vítima. Com medo da reação do homem, a babá se trancou em um banheiro com as crianças e chamou a polícia. O homem agrediu a vítima com golpes de faca.
Policiais que estiveram na casa informaram que o corpo foi encontrado em um dos quartos e, após perícia, foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML). Ainda segundo a PM, o crime ocorreu porque ele não aceitava o fim do relacionamento.
O suspeito fugiu e ainda não foi encontrado pela polícia. Câmeras de segurança filmaram a saída dele, mas as imagens não vão ser divulgadas. A prisão deve ser decretada pela Justiça, após recebimento do pedido. Às 12h30, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) não havia recebido o documento.

Ameaça de morteA procuradora assassinada já havia registrado um boletim de ocorrência por ameaça de morte e agressão verbal contra o marido, de 49 anos, segundo a polícia. O boletim sobre uma agressão verbal do marido que teria acontecido no dia 23 de janeiro foi registrado no dia 24 na 4ª Delegacia de Polícia Civil de Nova Lima. O casal estava em processo de separação conjugal, mas ainda dividia a mesma casa, segundo a Polícia Militar.
Ainda de acordo com a delegada, a procurada se mostrou tranquila no momento da denúncia, e disse na ocasião que o marido tinha começado a ser violento há cerca de um ano. Neste dia, Ana Alice relatou à polícia que o homem a havia ameaçado de morte e que havia prometido ir ao trabalho dela fazer um escândalo. A delegada disse que não havia relato de agressão física.
Segundo a delegada Renata Fagundes, Ana Alice foi orientada a se afastar de casa até que o marido saísse. A preocupação da vítima era que uma possível saída pudesse ser considerada como abandono de lar e prejudicá-la na disputa da guarda dos filhos.
Uma mulher que a acompanhou no registro do boletim de ocorrência é considerada testemunhas e deve ser intimada a depor. A babá, que se trancou com as crianças, também uma testemunha do crime e deve ser ouvida pela polícia.
A Produradoria-Geral Federal divulgou nota de falecimento da procuradora, e disse que vai "tomar as providências de sua alçada para que o responsável seja criminalmente responsabilizado".
Leia a nota na íntegra
NOTA DE FALECIMENTO

A Procuradoria-Geral Federal lamenta o falecimento da Procuradora Federal ANA ALICE MOREIRA DE MELO, lotada na Procuradoria Federal no Estado de Minas Gerais, ocorrido nesta madrugada, na cidade de Belo Horizonte, e informa que serão adotadas as providências de sua alçada para que o responsável seja criminalmente responsabilizado por seus atos.

Procuradoria-Geral Federal
Procuradora federal foi assassinada dentro de mansão em Nova Lima. (Foto: Reprodução/TV Globo) (Foto: Reprodução/TV  Globo)Procuradora federal foi assassinada dentro de mansão em Nova Lima. (Foto: Reprodução/TV Globo)

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