sexta-feira, 30 de março de 2012

Polícia detém 19 islamitas radicais em Toulouse e Nantes, na França


A polícia francesa deteve na madrugada desta sexta-feira (30) 19 pessoas relacionadas com grupos islamitas, sobretudo em Toulouse, dias depois dos crimes cometidos por Mohammed Merah nessa região do sul da França e em seus arredores. Detenções aconteceram também em outras grandes cidades do país, como Nantes.
Fontes policiais citadas pela TV indicaram que as detenções não têm relação direta com Merah, autor confesso de sete crimes e morto pela polícia no último dia 22.
Anteriormente, as agências internacionais de notícias informaram a detenção de 20 pessoas, mas o presidente francês, Nicolas Sarkozy, disse à rádio "Europe 1" que o número concreto de detenções é 19 e que foram apreendidas armas, especialmente rifles kalashnikov.
"O que ocorreu esta manhã vai continuar. Haverá outras operações, que entre outras coisas nos permitirão expulsar quem não tem que estar na França", disse o presidente.
Com objetivo de desmantelar grupos radicais islâmicos na França, agentes do serviço de espionagem e corpo de elite RAID detiveram 20 suspeitos em Toulouse e Nantes. (Foto: Stephane Mahe / Reuters)
Sarkozy afirmou que a operação "está vinculada a uma forma de islamismo radical" e que se produz após o "trauma" provocado na sociedade francesa pelos crimes de Merah.
O presidente também relacionou os atentados de Toulouse e Montauban à proibição da entrada de pregadores radicais no país.
O trauma provocado na França pelas mortes em Toulouse e Montauban é "um pouco comparável ao causado pelos atentados de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos", disse Sarkozy.
"O que é preciso entender bem é que o trauma de Montauban e de Toulouse foi profundo em nosso país, um pouco, não quero comparar os horrores, um pouco como o trauma nos Estados Unidos e Nova York após o setembro de 2001, o 11 de setembro", disse.
A operação, dirigida pelos serviços de espionagem e que contou com agentes especiais do corpo de elite RAID, tem como objetivo desmantelar grupos radicais islâmicos do país.
O diário "Le Figaro" indica em seu site que as detenções estão relacionadas ao grupo jihadista Forsane Alizza, dissolvido pelo Ministério do Interior em 29 de fevereiro e que tinha sua principal base em Nantes.
Em um primeiro momento, os investigadores haviam vinculado Merah com este grupo, mas depois a relação foi descartada.
No entanto, Nicolas Sarkozy ordenou uma pesquisa mais profunda sobre essas organizações radicais islâmicas após os massacres de Merah, que disse ser membro da al-Qaeda.
Os agentes investigam agora se Merah contou com cúmplices para cometer seus crimes. Abdelkader Merah, irmão mais velho do assassino confesso, está detido sob a acusação de cumplicidade.

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