O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, atacou na sexta-feira (13) o candidato opositor para as eleições presidenciais de outubro durante um discurso que marcou os 10 anos de um breve golpe de Estado contra ele, e anunciou que criará um comando para evitar qualquer tentativa de desestabilização política no país.
Chávez, que está sendo tratado por causa de um câncer e realiza esporádicas aparições públicas em seu país, assegura que a oposição prepara um plano para gerar violência antes das eleições, que, segundo as pesquisas, podem ser as mais acirradas dos 13 anos de governo do militar reformado.
O presidente venezuelano tem ameaçado expropriar empresas que financiem o suposto plano e também desarticular as polícias de algumas regiões comandadas por adversários.
"Decidi nomear um comando especial anti-golpe, essa decisão tomei à noite", disse Chávez no palácio de Miraflores diante de milhares de seguidores, um dia antes de partir novamente para Cuba ara continuar a radioterapia que iniciou em março e que o faz viajar constantemente.
"A primeira função vai ser elaborar nas próximas semanas o plano especial anti-golpe, um plano integral", acrescentou Chávez, sem dar maiores detalhes sobre as funções do novo comando.
Chávez, que disse que permanecerá em Cuba durante um tempo maior que o habitual, proferiu novamente fortes insultos a Capriles, voltando a chamá-lo de medóocre e bobo.
"(Capriles) está inconscientemente, mas claramente, aplaudindo o 11 de abril, o golpe no qual ele participou", declarou o presidente, acrescentando que o rival não tem coragem "para reconhecer que participou do golpe".
g1
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