A China permitirá que o iuan seja negociado ante o dólar em uma banda (margem) diária mais ampla a partir da próxima segunda-feira (16), medida para liberalizar ainda mais o regime cambial e tornar a moeda chinesa mais orientada pelo mercado. Na prática, a mudança significa que o governo vai permitir que o iuan oscile em relação ao dólar em margem um pouco maior no comércio diário.
O Banco do Povo da China (PBOC, o banco central do país) afirmou neste sábado (14) que ampliará a banda de negociações do iuan ante o dólar para uma taxa de câmbio de referência diária acima ou abaixo de 1%. Atualmente, a taxa é de 0,5%. A última vez que a autoridade monetária expandiu a banda foi em maio de 2007, a partir da taxa de 0,3%.
O movimento ocorre em um momento no qual a perspectiva imediata para a moeda chinesa parece obscura e as pressões por uma valorização do iuan diminuíram substancialmente depois que dados recentes mostraram que o comércio do país tornou-se mais equilibrado, pondo fim a uma era notável de constantes e enormes superávits comerciais.
O desempenho do iuan se tornou de fato significativamente mais volátil nos últimos meses, sofrendo ondas de vendas pesadas e atingindo em várias ocasiões o limite da banda em razão de preocupações sobre um pouso forçado para a economia chinesa.
O iuan se desvalorizou 0,14% ante o dólar até agora neste ano e acumulou ganho de 8,3% desde que Pequim abandonou efetivamente o regime de câmbio fixo em relação ao dólar, em junho de 2010. A moeda chinesa foi negociada em torno de 6,3030 ienes por dólar na sexta-feira.
Em um comunicado em sua página na Internet, o PBOC disse que garantirá a flutuação normal da taxa de câmbio do iuan e manterá a estabilidade básica da moeda chinesa em um nível razoável e equilibrado. As informações são da Dow Jones.
g1
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