Em março deste ano, todas as regiões da Paraíba registraram
chuvas abaixo da média. O período foi considerado o mais crítico nos últimos 20
anos no Estado e destruiu quase 90% a produção agrícola de municípios
localizados no Sertão, Curimataú e Cariri, segundo a Secretaria de Estado da
Agricultura.
Conforme o governador do Estado, Ricardo Coutinho, a
estiagem já afeta 202 municípios que estão com déficit hídrico e destes 144
apresentam situação mais crítica. Ao todo, já são mais de 2,6 milhões de
pessoas sofrendo com os efeitos da seca. E, para agravar ainda mais essa
situação, as chuvas deverão permanecer abaixo da média, pelo menos, até julho
deste ano, segundo previsão da Agência Executiva de Gestão das Águas (Aesa). Se
as estimativas forem confirmadas, a Paraíba registrará a pior seca dos últimos
30 anos.
Por conta desses prognósticos, o Governo do Estado convocou
ontem uma reunião para discutir o assunto com 128 prefeitos paraibanos. O
encontro lotou as instalações do Cine Bangüe, do Espaço Cultural José Lins do
Rêgo, em João Pessoa. Na ocasião, o governador Ricardo Coutinho apresentou o
Plano Estadual de Gestão dos Recursos Hídricos e Respostas à Estiagem, que é um
pacote de ações com recursos federais e estadual, que buscam ajudar os
municípios a driblarem os efeitos da seca.
Entre as ações previstas, estão a ampliação do crédito
rural, a construção de cisternas, poços e barragens, concessão de bolsa
estiagem aos agricultores atingidos pela falta de chuva e aumento de R$ 0,10
sobre o preço do litro do leite de cabra e de vaca, comprados pelo Governo do Estado,
dentro do Programa do Leite. O reajuste já entrará em vigor no próximo mês.
JP Online
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