quinta-feira, 26 de julho de 2012

Dia dos Avós: maioria dos netos acha que visita poucas vezes os avós


Mais de metade das crianças acha que visita poucas vezes os avós e a maioria fica triste por estes não os irem buscar à escola e não conhecerem os seus amigos. A conclusão é de um estudo feito num jardim de infância de Alenquer.

«Gostava de ir vê-los mais vezes, porque gosto muito deles e tenho saudades», conta uma das crianças entrevistadas para o mestrado em Política Social de Cristina de Oliveira sobre as relações entre avós e netos, a que a Lusa teve acesso.

Nas entrevistas aos meninos do jardim de infância da Santa Casa da Misericórdia de Alenquer, houve uma queixa feita por mais de metade das crianças (52,2%): visitam poucas vezes os avós e gostariam de os ver com mais frequência.

Apenas três em cada dez crianças (30,4%) não recebem visitas dos avós, mas todos apresentam justificações para tal acontecer: «O avô queria vir, mas não sabe o caminho e depois pode perder-se», explica uma das crianças. Os mais novos desculpam esta ausência com a distância física, a idade e a incapacidade física: «Os avós são muito velhinhos e não sabem conduzir», conta um outro.

Apenas uma em cada cinco crianças diz que os avós os vão buscar à escola, de acordo com o estudo «Relações Intergeracionais: Um estudo na área de Lisboa», da investigadora do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas.

Avós são vistos como queridos, simpáticos e bem dispostos

A maioria dos netos vê os avós como pessoas «queridas» (30,4%), «simpáticas» (26,1%) e «bem dispostas» (17,4%). Já 13% caracteriza-as como «velhos», mas de forma carinhosa: «A minha avó é muito velhinha, mas eu gosto muito dela, é uma querida».

A atenção que os mais velhos lhes dedicam também não passa despercebida a alguns: «Estão sempre connosco a perguntar se está tudo bem e se quero comer ou beber um compal».
Nove em cada dez crianças convivem com os avós, mas existe uma «diferença enorme» entre os que conseguem estar com todos os avós (26,1%) e os que se encontram apenas com os vivem mais perto (65,2%).

Quando estão juntos, a maioria aproveita para brincar (apenas 17,4% disse não brincar com os avós porque «têm sempre muito trabalho»). Os jogos tradicionais, como as escondidas, apanhada, cabra-cega ou macaca são os mais habituais. Mas há quem tenha brincadeiras normalmente associadas a desenhos animados: «Brincamos às Winx¿s, eu faço de fada boa e a minha avó é a minha irmã».

Nenhum dos inquiridos vive com os avós, mas a grande maioria (82,6%) visita-os. Questionados sobre se gostariam de viver com os avós, 73,9% das crianças foram unanimes: «Gostava muito, porque eles estão-me sempre a perguntar se tenho fome e assim faziam bolos todos os dias», resume uma das crianças.
FONTE: TVI24

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