quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Equador concede asilo diplomático ao fundador do WikiLeaks


O governo do Equador anunciou nesta quinta-feira (16) que concedeu asilo diplomático a Julian Assange, fundador do site de vazamentos WikiLeaks.
O anúncio foi feito por Ricardo Patiño, chanceler equatoriano, que argumentou que Assange corre riscos de segurança.
O australiano está abrigado na embaixada equatoriana em Londres, tentando evitar sua extradição para a Suécia, onde as autoridades querem ouvi-lo sobre supostos crimes sexuais.
Pouco antes do anúncio feito por Patiño, o governo britânico havia informado ao Equador que qualquer pedido de salvo-conduto para Assange seria negado.
"Devemos ser totalmente claros que isso significa que, em caso de receber um pedido de salvo-conduto para Assange, depois que tenha obtido asilo, será negado", diz a nota, entregue às autoridades equatorianas.
Manifestantes pró-Assange e policiais britânicos entraram em confronto nesta quinta em frente ao prédio da Embaixada do Equador em Londres após o governo britânico ter dado a entrender que pode entrar no prédio para prender o fundador do WikiLeaks.
Polícia britânica detém manifestante pró-Assange nesta quinta-feira (16) em frente à embaixada equatoriana em Londres (Foto: AP)
Um jornalista da Reuters viu pelo menos três manifestantes sendo levados pela polícia, enquanto os manifestantes cantavam slogans e gritavam: "Vocês estão tentando começar uma guerra com o Equador".
Pelo menos 20 policiais estavam fora da embaixada, tentando controlar um grupo de cerca de 15 manifestantes.
Policiais cercam o prédio da Embaixada do Equador em Londres nesta quinta-feira (16) (Foto: AP)
O Reino Unido anunciou nesta quarta-feira que está "decidido" a extraditar Assange para a Suécia, onde é procurado pela justiça para ser ouvido sobre acusações de agressão sexual e estupro.
Segundo o porta-voz do ministério britânico das Relações Exteriores, "o Reino Unido tem uma obrigação legal de extraditar Assange para a Suécia para que responda às acusações de agressão sexual e estamos decididos a cumprir essa obrigação".
Assange, de 41 anos, se refugiou na embaixada do Equador em Londres no dia 19 de junho passado, para evitar sua extradição à Suécia.
O australiano afirma que a Suécia planeja entregá-lo aos Estados Unidos, onde é investigado por espionagem após divulgar em seu site despachos confidenciais do departamento de Estado, incluindo documentos sobre as guerras do Iraque e Afeganistão.
O vazamento deixou em situação incômoda o serviço diplomático americano e de outros países a partir de 2010.
Assange afirma temer que uma eventual deportação para a Suécia abra as portas para uma nova deportação, desta vez para os Estados Unidos, onde seria processado pela divulgação dos documentos.
G1

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