domingo, 30 de setembro de 2012

Colegas de dançarina morta no ES dizem que se sentem ameaçadas


Mais do que colegas na banda, Vânia Campos, Jamily Guedes e Joana Tavares eram amigas de Alini Gama, a dançarina morta aos 21 anos vítima da inveja de dois colegas de profissão que queriam o seu lugar em uma banda de forró. A dançarina Adayane Matias, de 20 anos, e seu parceiro, Juliermeson Bastos, de 20 anos, confessaram, segundo a polícia, que planejaram a morte de Alini e pretendiam um atentado contra as outras três dançarinas, que disseram ao G1, neste sábado (29), terem medo de sair na rua.
Alini foi morta em uma emboscada no dia 21 de setembro. Segundo a polícia, a morte foi planejada pelos dois dançarinos. Juliermeson Bastos e Adayane Matias queriam a vaga da vítima em uma banda de forró. O namorado de Adayane, o caminhoneiro David Correia, disse para a polícia que atirou em Alini como prova de amor. De acordo com a polícia, Alini foi morta em uma emboscada no pátio de um hotel em Campo Grande, Cariacica. O suspeito de ter arquitetado o crime se aproximou da dançarina por meio de redes sociais.
Nos depoimentos à polícia, os suspeitos da morte deixaram claro que as outras três dançarinas poderiam ter sido vítimas. Chegaram a planejar um ataque armado durante um ensaio, onde as quatro meninas estariam juntas. Vânia diz que não sai de casa sozinha. “Estou evitando sair sozinha de casa. A gente não sabe o que pode acontecer”, diz. Joana pensa agora em parar de dançar. “É difícil, fazia tudo com a Alini”, lamenta. Jamile disse que não imaginava que estava tão exposta à violência. “A gente sabe que a inveja existe, mas não imaginávamos que chegaria a esse ponto”, comentou.
O delegado Adroaldo Lopes disse que concluiu o inquérito nesta sexta-feira e já enviou para a Justiça. Adayane, Juliemerson e Deivid foram indiciados por homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e a dissimulação.

"Jamais esperava que minha sobrinha fosse presa. Ao receber a notícia da prisão, ela ficou abalada e chorou muito. Tenho certeza que ela não participou em nada, não fez nada. Nunca levou qualquer reclamação para casa. Quando retornou da turnê de shows, estava muito empolgada e com esperanças de ser contratada. Desde quando essa história começou a ser descoberta, a mãe da Adayane está vivendo a base de remédios. Minha sobrinha, ou qualquer outra pessoa da família, nunca teve problemas com a polícia. Ela sempre gostou muito de dançar, é atenciosa com os irmãos e a mãe. Não acredito que ela realmente tenha participação na morte dessa menina".
Suspeita do plano
O tio de Adayane Matias, que se identificou apenas como Marcos, acompanhou a dançarina até a delegacia em todas as vezes em que ela esteve no local. Ele ficou surpreso quando o delegado deu voz de prisão a sobrinha na tarde desta quinta-feira (26).

O crime
De acordo com a polícia, Alini foi morta em uma emboscada, por volta das 9h de sexta-feira, no pátio de um hotel em Campo Grande, Cariacica. Segundo testemunhas, a dançarina havia saído de casa para tratar de um contrato de trabalho. Um dias antes, ela foi procurada por telefone, por um homem que dizia querer contratá-la. Ele marcou um encontro com a jovem mas na verdade era uma emboscada para matá-la.

O delegado Adroaldo Lopes disse que, ao chegar no ponto marcado, Alini atendeu uma ligação e quatro minutos depois foi morta. O assassino estava em uma moto e atirou duas vezes contra a jovem, que foi atingida pelas costas. A dançarina foi levada para um hospital particular no mesmo município, mas não resistiu e morreu.
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Dançarina também trabalhava como modelo fotográfica no Espírito Santo (Foto: Arquivo familiar)Dançarina também trabalhava como modelo fotográfica no Espírito Santo (Foto: Arquivo familiar)

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