quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Polícia amplia área de buscas a bando que assaltou e fez reféns no RS


cotiporã assalto fábrica de joias polícia buscas (Foto: Fábio Almeida/RBSTV)Buscas seguem na Serra e em outras regiões
do estado (Foto: Fábio Almeida/RBSTV)
A Polícia Civil e a Brigada Militar (BM) trabalham em conjunto em busca de indícios que levem à prisão do grupo que explodiu uma fábrica de joias em Cotiporã, na Serra doRio Grande do Sul, no último domingo (30). Uma das atribuições da Polícia Civil é identificar quem era o quinto integrante da quadrilha. O homem trocou tiros com a polícia ainda na madrugada do crime e conseguiu escapar para o mato, se separando do restante do grupo. Ele é o único suspeito que ainda não foi identificado.
"Estamos fazendo a investigação, formação dos reconhecimentos, vendo se localizamos os homens. A prioridade é formação da prova e a identificação o quinto individuo", disse ao G1 o delegado Juliano Ferreira.
Já a Brigada Militar concentra os esforços no policiamento ostensivo, tanto na Região da Serra, para dar maior sensação de segurança aos moradores, quanto na Região Metropolitana, para onde teriam fugido os quatro assaltantes que fizeram reféns em Cotiporã e Bento Gonçalves antes de serem resgatados por uma outra pessoa em um Nissan Tiida de Sapucaia do Sulcom placas DDU-8446.
"Estamos fazendo vários movimentos, com patrulhas do BOE atuando em Cotiporã, com policiamento comunitário dando assistência principalmente para as famílias que foram feitas reféns e intensificando as buscas nos locais em que o quarteto possa se encontrar", disse aoG1 o coronel Sérgio de Abreu, comandante da Brigada Militar.
A linha de investigação do possível paradeiro do grupo é mantida sob sigilo pelas policias. O homem separado do bando ainda poderia estar na região da Serra. A polícia praticamente descarta a hipótese de que ele tenha sido baleado e de que poderia estar morto na mata de Cotiporã, o que chegou a ser levantado.
"Nossa rede de policiamento está em alerta. Temos centenas de blitze que são feitas. Temos que analisar todas as hipóteses, não podemos divulgar todas as possibilidades. O quinto elemento estava com aqueles três mortos, ele conseguiu fugir daquele confronto. Se estiver ali na região da Serra, vamos localizá-lo", explicou Abreu.
Suspeitos de participação em ação criminosa em Cotiporã, RS (Foto: Montagem sobre fotos de Divulgação/Brigada Militar)Suspeitos de participação em ação criminosa em Cotiporã, RS (Foto: Montagem sobre fotos de Divulgação/Brigada Militar)
A polícia sabe que o grupo não se resume aos cinco foragidos. Os homens foram ajudados, por exemplo, pelo motorista do Tiida, que fez o resgate do grupo em São Vendelino. Segundo as investigações, o veículo está regularizado e não consta como roubado. Porém, ele poderia estar com placas clonadas.
"Certamente tem uma rede, eles se associam com outros grupos. Foram resgatados, têm parceiros, mas pode ser até um parente, um amigo, mas já se aliou ao grupo e passa a ser uma pessoa procurada, mas os grupos sempre têm ramificações”, comentou Abreu.
A ação em Cotiporã ajudou a polícia a avançar nas investigações. A quadrilha comandada por Elisandro Rodrigo Falcão, 31 anos, um dos três mortos na troca de tiros de domingo, tem histórico de ataques a bancos, carros-fortes e praças de pedágio na região com uso de explosivos, mas não havia sido interceptada em outras oportunidades pela polícia.
"Estamos fazendo um trabalho intenso com a Polícia Civil, com inquérito instaurado para investigações, houve o crime, os autores estão identificados, já há uma elucidação e há provas, é um avanço importante, pois ainda não haviam sido pegos em flagrante. Mais cedo ou mais tarde serão presos", projetou o coronel.
Assaltantes chegam com um refém em frente à fábrica de joias (Foto: Reprodução)
O crime
O drama na cidade de Cotiporã começou às 2h de domingo, quando os assaltantes explodiram uma fábrica de joias. As imagens das câmeras de segurança mostram o momento das detonações e depois os homens recolhendo pacotes espalhados pelo chão. Na fuga, o grupo rendeu cerca de 30 pessoas que estavam num bar, em frente à fábrica, e fugiu levando reféns.

No caminho, eles foram surpreendidos pela Brigada Militar. Na troca de tiros, dois policiais ficaram feridos e três criminosos morreram. Entre eles, o homem mais procurado pela polícia do estado: Elisandro Rodrigo Falcão. A suspeita é  que ele tenha comandado diversos ataques a bancos com explosivos no estado este ano.
Os assaltantes, que conseguiram fugir com duas reféns, invadiram uma casa e levaram mais sete pessoas. O grupo se escondeu na mata. Os reféns só foram encontrados na noite de segunda-feira (31), mais de 20 horas após serem capturados.
Na madrugada de quarta-feira (2) eles voltaram a agir na cidade vizinha de Bento Gonçalves. Em fuga, quatro homens invadiram a casa de duas famílias. Eles pegaram alguns alimentos, bebida e fugiram em dois carros da família levando um refém. Após problemas nos dois carros, o grupo liberou o refém e foi resgatado por um Nissan Tiida, em São Vendelino, seguindo na direção da Região Metropolitana de Porto Alegre. Desde então, a polícia trabalha na busca dos criminosos.
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G1

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