Deslizamento em região da Argentina deixa brasileiros isolados, diz jornal

Trator retira escombros de deslizamento em rodovia
perto de Alta Montaña (Foto: Divulgação/ABTI)

Mais de 650 pessoas ficaram presas na região de Alta Montaña, na província de Mendoza, na Argentina, após deslizamentos ocorridos na última quinta-feira (7), afirmam jornais e órgãos de imprensa locais. De acordo com o site "Jornada Online", de Mendoza, há brasileiros entre os isolados na área.

Procurado pelo G1, o Ministério das Relações Exteriores brasileiro não confirma as informações. A assessoria do órgão, no entanto, diz que a região é turística e que há rodovias que a ligam ao Chile muito usadas por caminhoneiros.

A Associação Brasileira de Transportadores Internacionais (ABTI) informou que tem mantido contato com os caminhoneiros que estão isolados. "O pessoal está ilhado lá, mas estão todos bem e recebendo toda a assistência através de helicópteros", disse Luciana Fagundes, assessora de imprensa da ABTI ao G1, por volta das 21h40 deste domingo.

"Recebemos informações de pessoas que trabalham na aduana de Mendoza de que que há cerca de mil pessoas, entre motoristas, caminhoneiros e turistas, isoladas na região. Mas os caminhoneiros não querem abandonar os caminhões e os turistas temem deixar seus carros", afirmou Luciana. "Se parar de chover, a previsão é que o trânsito esteja liberado entre 24 e 48 horas", ressaltou.

De acordo com o portal "Sitio Andino", quatro helicópteros estão ajudando a retirar os isolados e a levar alimentos e objetos de primeira necessidade, como cobertores, para as pessoas que seguem presas. Já foram retirados cerca de 120 indivíduos, inclusive brasileiros, afirmam os sites noticiosos de Mendoza.

Foram removidos sete bloqueios de terra em estradas que cortam a região, com a intenção de permitir o fluxo de caminhões, afirma o "Sitio Andino". O tráfego, no entanto, segue interditado pelos restos de deslizamentos ocorridos desde a última quinta-feira que não foram removidos.

O governador de Mendoza, Francisco Pérez, se reuniu com a Aerolíneas Argentinas e solicitou que a empresa cedesse um voo para levar os resgatados de volta ao país, informaram os sites argentinos neste domingo (10). A ideia é levar os resgatados que estão em Santiago, no Chile, de volta para a capital da província argentina.

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G1