quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Homem se passou por familiar das vítimas para roubar, diz polícia


Delegado Marcelo Arigony mostra o celular que foi roubado (Foto: Felipe Truda/G1)Delegado Marcelo Arigony mostra o celular
que foi roubado (Foto: Felipe Truda/G1)
A Polícia Civil informou em entrevista coletiva nesta quarta-feira (6) que o homem suspeito de roubar os pertences das vítimas de Santa Maria teria agido no ginásio do Centro Desportivo Municipal, na tarde de domingo (27). No dia da tragédia, as famílias das vítimas foram até o local reconhecer os corpos dos mortos na boate Kiss durante um incêndio. Segundo o delegado Marcelo Arigony, o homem teria se passado por um dos familiares dos jovens.
“Ele se fez passar por familiar de vítima para rapinar objetos. Ele levou um aparelho celular, R$ 50, e existe a possibilidade de haver outros objetos”, informou Arigony. Investigações estão sendo feitas para saber se um relógio também foi furtado.
Segundo a polícia, o suspeito vendeu o celular. A pessoa que comprou devolveu o telefone à polícia após saber de sua origem. O homem, que tem antecedentes por roubo, foi levado à 1ª Delegacia de Polícia na tarde desta quarta e, posteriormente, ao presídio do município.
 “Quando os corpos estavam perfilados, os pertences das vítimas eram colocados sobre o peito de cada um”, explicou ao G1 o delegado Marcos Vianna.
Suspeito foi preso com pertences de vítima, disse delegado (Foto: Felipe Truda/G1)Suspeito é preso com pertences de vítima do incêndio de Santa Maria (Foto: Felipe Truda/G1)

Entenda
 
O incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, no dia 27 de janeiro, deixou 238 mortos. O fogo teve início durante a apresentação da banda Gurizada Fandangueira, que fez uso de artefatos pirotécnicos no palco. De acordo com relatos de sobreviventes e testemunhas, e das informações divulgadas até o momento por investigadores:
- O vocalista segurou um artefato pirotécnico aceso.
- Era comum a utilização de fogos pelo grupo.
- A banda comprou um sinalizador proibido.
- O extintor de incêndio não funcionou.
- Havia mais público do que a capacidade.
- A boate tinha apenas um acesso para a rua.
- O alvará fornecido pelos Bombeiros estava vencido.
- Mais de 180 corpos foram retirados dos banheiros.
- 90% das vítimas fatais tiveram asfixia mecânica.
- Equipamentos de gravação estavam no conserto.

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G1

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