Prainha de Sertãozinho faz sucesso entre os moradores da região (Foto: Eduardo Guidini/ G1)
Entre os canaviais de Sertãozinho (SP), uma praia artificial atrai milhares de visitantes que moram longe do litoral paulista, mas não abrem mão do descanso. No lugar do mar, uma represa. O 'piscinão de Ramos' da cidade, como definem alguns, faz sucesso há quatro anos e se tornou uma opção para moradores da região que encontram nos mais de 400 quilômetros de praias naturais como as de Santos (SP) e Guarujá (SP) uma dificuldade para curtir feriados como o carnaval com o pé na areia.
O jovem diz que frequenta a praia várias vezes por mês na companhia de amigos. Para eles, é mais fácil se deslocar de bicicleta do Jardim Alvorada, onde moram, até a praia artificial. "A gente não tem carro. Imagina se a gente tivesse que ir de bicicleta para a praia de Santos. Ia demorar uns quatro dias", avalia o amigo, Cláudio Pereira Costa, de 13 anos.A 'prainha de Sertãozinho', como é conhecida, faz parte do Parque Ecológico Gustavo Simioni, que aos finais de semana recebe cerca de 3,5 mil visitantes por dia. Os jovens gostam de ir ao local para paquerar e namorar. "A gente já 'pegou' um monte de menina aqui. A gente chega nelas, dá uns beijinhos e depois diz que tem que ir embora", conta o estudante Jackson da Silva, de 19 anos.
Em um dos 30 quiosques que se estendem por 160 metros na areia, um grupo curte a paisagem comendo farofa, linguiça, carne de panela, omelete de forno e arroz. Os 'farofeiros' são frequentadores assíduos e adoram a prainha. "Aqui é muito agradável, o ambiente é bom, tem segurança e é limpo. Já viemos umas oito vezes", diz o motorista Aguinaldo dos Santos Silva, acompanhado de sua família de Ribeirão Preto.
Farofeiros levam comida para passar o dia no parque (Foto: Eduardo Guidini/ G1)
Turismo em alta
Os turistas, inclusive, são maioria na praia artificial. De acordo com o diretor do Parque Ecológico, Renato Aparecido Schiavinato, 60 % dos visitantes da prainha não são de Sertãozinho. "O pessoal adora. Tem gente de Ribeirão Preto, Taquaritinga, Pontal, Jaboticabal, Barrinha, Serrana", comenta. O local fica aberto ao público de quarta a domingo, das 9h às 18h, mas muitas pessoas chegam cedo para garantir um bom lugar.
"Em dia de sol, o pessoal chega por volta das 6h30 e fica no portão esperando o parque abrir para pegar um bom lugar", conta a cabeleireira Zélia Ribeiro Soares, de 31 anos.
Ela, o marido, a filha e duas sobrinhas curtiam uma tarde de domingo em meio ao pagode do grupo Exaltasamba, que ecoava alto em um dos rádios levados pelos visitantes. "Aqui é assim, o pessoal sempre curte um som, é gostoso", afirmou o motorista Paulo César da Silva, de 29 anos, marido de Zélia.
Família de Ribeirão compensa distância do litoral com prainha de Sertãozinho (Foto: Eduardo Guidini/ G1)
Piscinas e lazer
Além da prainha, principal atração do Parque Ecológico Gustavo Simioni, outras opções fazem a alegria dos visitantes. Nos 822 mil metros quadrados cedidos por uma usina, há também uma área de piscinas, três playgrounds, quadras poliesportivas e de tênis. Os 16 pedalinhos disponíveis na represa também divertem as crianças.
Para todas as atividades, é necessário seguir uma série de regras. Na prainha, por exemplo, não é permitido cozinhar ou fazer churrasco. Para isso, existem os 12 quiosques com churrasqueira a poucos metros do local. Também é proibido levar garrafas de vidro para a areia e apenas latas são permitidas.
"Acho que as regras são boas e necessárias. A gente não encontra uma sujeira na areia e nem na água", elogia o operador de empilhadeira Edelson Conrado, de 32 anos, que estava pela primeira vez na famosa prainha. "Gostei muito. Já estou combinando com a minha esposa o dia que a gente vai voltar", concluiu.
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G1
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