terça-feira, 2 de abril de 2013

Coreia do Norte diz que vai reativar todas as suas instalações nucleares


O governo da Coreia do Norte anunciou nesta terça-feira (2) que vai reativar todas as suas instalações nucleares, incluindo um reator atômico de 5 megawatts em Yongbyon, que havia sido desativado em 2007 após um acordo de desnuclearização.
Um porta-voz da Direção Geral da Agência Central de Energia Atômica norte-coreana afirmou que serão tomadas medidas para reiniciar o reator e renovar as instalações, que podem ser utilizadas para a produção elétrica e fins militares, informou a agência estatal "KCNA".
O anúncio foi feito um dia após o ditador Kim Jong-un anunciar a intenção de ampliar o arsenal nuclear norte-coreano.
O ditador da coreia do Norte, Kim Jong-un, acena para militares em evento em 28 de março em Pyongyang (Foto: AFP)O ditador da coreia do Norte, Kim Jong-un, acena para militares em evento em 28 de março, em Pyongyang. (Foto: AFP Photo)
A medida pode permitir ao regime comunista extrair plutônio de barras de combustível usadas, segundo especialistas.
Este processo de diálogo está, no entanto, estagnado desde 2008, quando Pyongyang se retirou após receber sanções da ONU por efetuar testes com mísseis de longo alcance, e desde então as diversos tentativas de retomar as negociações por parte dos países envolvidos terminaram em fracasso.O reator de 5 megawatts em Yongbyon que a Coreia do Norte pretende reiniciar foi desativado em 2007 em virtude de um acordo no marco das conversas de seis lados, processo orientado à desnuclearização norte-coreana e que envolve as duas Coreias e os Estados Unidos, além de China, Japão e Rússia.
mapa península coreana (Foto: Arte/G1)
A nova declaração de intenções da Coreia do Norte ocorre depois que no domingo (31) passado o chefe de Estado, Kim Jong-un, anunciou a "ampliação qualitativa e quantitativa" do desenvolvimento de armas nucleares como um dos dois pilares sobre os quais se assentarão as futuras políticas do regime, junto com o desenvolvimento econômico.
Horas antes do anúncio norte-coreano, a presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye, reiterou sua intenção de resistir à ameaça que o Norte apresenta mediante uma "forte dissuasão política e militar".
As relações de Pyongyang com a comunidade internacional estão em um estado de elevada tensão, já que o regime faz ameaças praticamente diárias a Coreia do Sul e EUA desde que a ONU lhe impôs, no dia 7 de março, novas sanções por seu teste nuclear de fevereiro.
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Exército sul-coreano segue realizando exercícios militares perto da zona desmilitarizada que separa as duas Coreias. (Foto: Lee Jae-Won / Reuters)Exército sul-coreano segue realizando exercícios militares perto da zona desmilitarizada que separa as duas Coreias. (Foto: Lee Jae-Won / Reuters)
Por sua vez, Seul e Washington, aliados militares frente ao regime de Kim Jong-un, realizam em território sul-coreano manobras militares com fogo real, que o Norte condenou por considerá-las um "teste de invasão" de seu país.
G1

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