quinta-feira, 18 de abril de 2013

'Segui minha intuição', diz paraibano que escapou de bombas em Boston


Remo Andrade com a família em Boston (Foto: Arquivo pessoal)Remo Andrade com a família em Boston
(Foto: Arquivo pessoal)

O paraibano Remo Andrade não costumava a acreditar em intuição ou sorte até a última segunda-feira (15). Em
 Boston há 11 anos, ele escapou por pouco do ataque que aterrorizou a cidade, quando decidiu entrar numa loja que fica cerca de 100 metros do local do atentado. De folga do trabalho, Andrade pretendia saudar os corredores na linha de chegada da Maratona. 
“Ainda estou em estado de choque e tentando processar o que aconteceu”, disse o brasileiro de 35 anos que mora a um quilômetro do local da explosão. “Estavamos a caminho da linha de chegada quando pensei em parar e entrar numa loja recém- inaugurada em Copley Square. Um dos amigos ainda relutou, mas insisti em visitar a loja. Cerca de 10 minutos depois ouvimos a explosão”, conta Andrade, ainda assustado com a forte presença policial na cidade. Se nāo tivesse entrado na loja, ele poderia ter sido uma das vítimas. “Graças a Deus segui minha intuiçāo e agora me considero um homem de sorte.”
Dois dias depois do atentado que abalou osEstados Unidos, moradores de Boston ainda buscam explicações para os ataques que mataram três pessoas e feriram 176.
No centro da cidade, policiais federais, soldados, cães farejadores e carros blindados podem ser vistos praticamente em todas as esquinas na manhã desta quarta-feira. Para ter acesso às estações de metrô, todos precisam passar por inspeção de bagagens pela polícia. Repartições públicas e privadas estão oferecendo assistência psicológica gratuita para os funcionários.
O Consulado Geral do Brasil em Boston ainda não foi notificado da existência de brasileiros entre os feridos, mas está de plantão 24 horas para atender cidadãos que precisem de documentos para retornar ao Brasil.
O Grupo Mulher Brasileira, maior organização sem fins-lucrativos de assistência a brasileiros no estado, está contactando seus associados para oferecer ajuda jurídica e psicológica. A diretora-executiva, Heloisa Galvāo, 65, moradora de Boston há 25 anos considera que ainda demorará semanas para a cidade retornar ao cotidiano normal. “Podemos perceber o rosto tristes e assustados, onde quer que estejamos”, disse a carioca. “Minha esperança é que tudo isso passe rápido e, de preferência, que os culpados sejam logos encontrados. Quero minha cidade de volta ao que era antes”, concluiu.
O Presidente Barack Obama chega a Boston nessa quinta-feira para visitar as vítimas atingidas pelo ataque e participar de um culto ecumênico na Catedral de Boston.
G1pb

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