sábado, 1 de junho de 2013

Produtor rural deixa fazenda ocupada por indígenas em Aquidauana, MS

O produtor rural Nilton Carvalho da Silva Filho, de 59 anos, decidiu deixar, na manhã deste sábado (1º), a sede da fazenda Esperança, em Aquidauana, a 143 km de Campo Grande. A Fazenda foi ocupada por indígenas da etnia terena na manhã de sexta-feira (31) e cerca de 200 índios continuam no local. Segundo Silva Filho, não houve violência e os indígenas se comprometeram a não invadir a sede.
Segundo Eloy, os indígenas não pretendem entrar na sede, apenas usar a área em volta para o plantio. Ainda segundo o advogado, mais indígenas de outras aldeias estão indo para o local.De acordo com o produtor, os indígenas não ameaçaram a integridade física da família, mas fizeram muita pressão para que a sede fosse desocupada e, devido ao estado emocional da esposa, o produtor decidiu sair do local.

Silva Filho disse ao G1 que conversou com os indígenas e eles se comprometeram a não ocupar a sede e não mexer em nada dentro da casa.

O advogado que representa os indígenas, Luiz Henrique Eloy, disse ao G1 que os indígenas deram o prazo de 24 horas para o produtor deixar o local. O prazo terminou às 12h (de MS) e como o fazendeiro ainda não tinha saído, os terena entraram na área da fazenda e montaram acampamento.

O advogado que representa o produtor rural, Sérgio Muritiba, entrou com um pedido de reintegração de posse nessa sexta-feira (31), na 1ª Vara de Justiça de Corumbá e, segundo ele, a situação no local vai continuar a mesma enquanto não houver uma decisão judicial.

Silva Filho afirma que sua propriedade tem 4,6 mil hectares e faz parte de uma área de 33 mil hectares que é reivindicada pelos terena. Segundo ele, existe um processo administrativo que já está há pelo menos dez anos em curso na Fundação Nacional do Índio (Funai), sem resultado até o momento.

Conforme a Funai, a área já teve os estudos de identificação e delimitação aprovados. Os documentos estão no Ministério da Justiça para análise e posterior publicação da portaria demarcatória.

G1

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