Não mais que 20 pessoas saíram às ruas de Patos no final da tarde deste sábado, dia 07, durante os desfiles alusivos a comemoração da Independência do Brasil. O ato foi marcado atendendo ao chamado nacional para protestar em pleno momento em que se realiza a festa cívica no país. Na bandeira do Brasil foi rabiscada a frase: Independência de que? Estamos presos à corrupção. Muda Brasil.
Os poucos militantes ousados que ergueram suas bandeiras foram aplaudidos durante o pequeno percurso da Praça Edivaldo Mota à Praça Getúlio Vargas, Centro de Patos. O locutor oficial da cerimônia, jornalista Airton Alves, fez menção aos manifestantes quando da passagem de frente ao pavilhão das autoridades montado vizinho a Prefeitura Municipal de Patos.
O grupo que organizou o ato, quase todos militantes do Partido Comunista Revolucionário – PCR, observou que um erro na frase colocada na faixa deu um tom irônico ao protesto. ‘Por uma independência. Patos Contra Corrupção’. A palavra
independência faltou o segundo “N”. “Vamos sair com erro na independência”, brincou Antônio Coelho.
independência faltou o segundo “N”. “Vamos sair com erro na independência”, brincou Antônio Coelho.
Um dos presentes preferiu cobrir o rosto em protesto à repressão que tem sido praticada aos integrantes dos movimentos nas cidades de Belo Horizonte, Rio de Janeiro e outras onde os atos se acirraram. O jovem teve sua individualidade respeitada mesmo com olhares mais críticos ao seu ato.
Para os organizadores, o Sete de Setembro não passa de uma grande farsa contada há 191 anos, pois não se pode comemorar independência em um país com quase 30 milhões de analfabetos, com uma dívida pública que já ultrapassa a casa de Um Trilhão de Dólares, e os baixos investimentos sociais colocados em segundo plano para se pagar quantias exorbitantes de juros, bem como os escândalos de corrupção que vez por outra sacodem o cenário político.
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“Esse é um dos piores momentos de nossa soberania, pois recentemente descobrimos que nossos maiores representantes são espionados pelos Estados Unidos”, disse a professora Gerlúzia Vieira.
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