quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Captação da poupança cai 24%, para R$ 1,74 bilhão em janeiro, diz BC

A entrada de recursos na caderneta de poupança desacelerou em janeiro deste ano, quando os depósitos superaram as retiradas em R$ 1,74 bilhão, segundo números divulgados pelo Banco Central nesta quinta-feira (6). No mesmo mês de 2012, o ingresso líquido de recursos na mais tradicional modalidade de investimentos do país somou R$ 2,3 bilhões. A queda no ingresso foi de 24,2%.
Depósitos, retiradas e saldoCom isso, ainda segundo dados da autoridade monetária, foi interrompida uma sequência de sete meses de recordes seguidos. Entre junho e dezembro do ano passado, a caderneta de poupança bateu recordes sucessivos, mas somente para o mês apurado. O resultado de dezembro de 2013, por exemplo, foi o maior para este mês - assim como nos seis meses anteriores. A série histórica do Banco Central para a caderneta da poupança tem início em 1995.
Em janeiro deste ano, de acordo com o BC, os depósitos na caderneta de poupança somaram R$ 127,67 bilhões, ao mesmo tempo em que as retiradas de recursos totalizaram R$ 125,92 bilhões. Já o volume dos rendimentos creditados nas contas dos investidores somou R$ 3,1 bilhões no mês passado.
Com o ingresso de recursos em janeiro deste ano, junto com o rendimento creditado na conta dos poupadores, o volume total de recursos aplicados na caderneta de poupança superou a marca inédita de R$ 600 bilhões no fim do mês passado, somando R$ 602,7 bilhões. No fechamento de 2013, o estoque de recursos na poupança totalizava R$ 597,9 bilhões.
Dados do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), consolidados pelo Banco Central, mostram que a caderneta de poupança continua atraindo milhões de pessoas. No fim de 2012 (último dado disponível), 108,9 milhões de pessoas possuíam valores depositados na caderneta de poupança.
Rentabilidade
Com a alta da taxa básica de juros nos últimos meses, atingindo o patamar de 10,50% em janeiro deste ano, segundo decisão do Banco Central, a rentabilidade da caderneta de poupança ficou mais equilibrada em relação aos fundos de renda fixa.

Ainda assim, segundo cálculos da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), a poupança continua ganhando dos fundos na "maioria das situações", sendo que "quanto menor o prazo de resgate da aplicação bem como quanto maior for a taxa de administração cobrada pelo banco, maior vai ser a vantagem da poupança frente aos fundos".
"Com a Selic atual [10,5% ao ano] a poupança perde para os fundos cujas taxas de administração sejam inferiores a 1,50% ao ano", acrescentou a Anefac.
Quando os juros básicos da economia sobem, o rendimento dos fundos de renda fixa avança junto. Já o rendimento das cadernetas, quando a taxa de juros está acima de 8,5% (o que acontece desde agosto), é fixo em 6,17% ao ano mais a variação da Taxa Referencial.
Fundo de reserva
Especialistas avaliam que, independentemente do rendimento, a caderneta de poupança ainda é uma boa opção de investimento para pequenos poupadores, para pessoas que buscam aplicações de curto prazo ou que procuram formar um "fundo de reserva" para emergências – uma vez que não há incidência do Imposto de Renda (IR).

Nos fundos de investimento, ou até mesmo no Tesouro Direto, programa do governo de compra de títulos públicos pela internet, há cobrança do IR e, na maior parte dos casos, de taxa de administração. Nos fundos de investimento e no Tesouro Direto, o IR incide com alíquota regressiva, ou seja, quanto mais tempo os recursos ficarem aplicados, menor é o valor da alíquota incidente no resgate.
G1

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