segunda-feira, 17 de março de 2014

UE adota sanções contra 21 envolvidos no referendo da Crimeia

A União Europeia (UE) decidiu adotar nesta segunda-feira (17) sanções contra personalidades consideradas responsáveis pela organização do referendo no qual os habitantes da Crimeia votaram a favor da anexação da península à Rússia, informou o Conselho Europeu.
"Acabamos de aprovar sanções - restrições de viagem e bloqueio de bens - contra 21 personalidades da Ucrânia e da Rússia", confirmou no Twitter o ministro lituano das Relações Exteriores, Linas Linkevicius.

Trata-se de 13 russos e 8 ucranianos que sofrerão sanções por seis meses, renováveis.. A lista oficial com os nomes será revelada nesta tarde, quando for publicada com urgência no Diário Oficial da União, confirmaram à Agência Efe fontes. Há personalidades da Crimeia e autoridades russas, principalmente da Duma (câmara baixa do Parlamento) e militares que participaram nas ações ilegais, segundo informaram ministros, e inclui apenas personalidades do segundo escalão.

Os Estados Unidos devem tomar medidas semelhantes também nesta segunda. Há alguns sinais de que a ameaça de sanções está gerando um impacto na Crimeia e na Rússia.As fontes informaram que mais medidas podem ser tomadas dentro de alguns dias, quando líderes da UE vão se encontrar para uma reunião de cúpula em Bruxelas. Os líderes devem expandir a lista para incluir mais autoridades próximas ao presidente russo, Vladimir Putin.
Em um sinal de que Putin pode estar se preparando para responder a essas chamadas, a Rússia apoiou nesta segunda a criação de um "grupo de apoio" internacional para mediar a crise. Mas informou que um dos objetivos do grupo seria a Ucrânia reconhecer a secessão da Crimeia, inaceitável tanto para Kiev como para a Europa, os Estados Unidos e a maior parte do mundo.
Anexação à Rùssia aprovada
O parlamento da Crimeia aprovou nesta segunda uma resolução na qual se declara independente da Ucrânia e pediu oficialmente a anexação da península à Rússia, um dia após o referendo no qual 96,8% da população dos votos aprovaram a adesão a Moscou.

Também foi decidida a nacionalização de todos os bens do Estado ucraniano em seu território.
Uma delegação parlamentar da Crimeia era esperada em Moscou nesta segunda para discutir os procedimentos exigidos para que a península seja anexada pela Rússia.
Também nesta segunda, o Parlamento da Rússia anunciou aprovará legislação para permitir a anexação “num futuro muito próximo”, segundo a agência de notícias Interfax, que citou a declaração de um deputado.

A UE diz que o referendo foi ilegal e não reconhece o resultado.

G1

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