quinta-feira, 31 de julho de 2014

Projeto na PB dá apoio a mulheres vítimas de violência doméstica

Um programa de auxílio às vítimas de violência doméstica tem contribuído para a redução dos casos de agressão à mulheres em Campina Grande.  O projeto ‘Mulher Protegida’, foi criado com o objetivo de ajudar as mulheres vítimas deste tipo de violência e que procuram ajuda da polícia. Após a denúncia na delegacia e a emissão da medida protetiva, as mulheres passam a receber um acompanhamento de policiais.
De acordo com Luciana Firme de Sousa, capitã da Polícia Militar, o acompanhamento se dá através de uma visita solidária na casa da vítima, para saber como está a situação após a emissão da medida protetiva. “Verificamos se o agressor realmente se afastou e está respeitando a determinação judicial. Quando isso não acontece, procuramos o agressor e fazemos o encaminhamento de relatório. Se mesmo com este acompanhamento for verificado que as agressões não pararam, então nós solicitamos um mandado de prisão para o agressor”, explicou Luciana.
Somente em 2013, a delegacia instaurou 770 inquéritos de casos deste tipo, e em 2014, já foram concedidas 168 medidas protetivas visando a segurança das vítimas. E os dados da Secretaria Estadual da Segurança e da Defesa Social dão conta de que, de janeiro a maio deste ano, pelo menos 44 mulheres foram assassinadas na Paraíba. Nos últimos dois anos, 257 mulheres foram mortas no estado.De acordo com Herta França, delegada da mulher no município, na maioria dos casos os agressores param com o comportamento após a intervenção judicial. Segundo ela, a maioria das vítimas que procura a Delegacia da Mulher em Campina Grande sofreu algum tipo de agressão física ou psicológica de companheiros ou ex-companheiros, que geralmente são homens insatisfeitos com a tentativa ou fim do relacionamento.
Os resultados da iniciativa, segundo a delegada Herta França, são positivos. “Existe uma inibição do comportamento do agressor a partir da determinação da medida protetiva. Na maioria dos casos, a vítima relata que os agressores realmente deixaram de provocar o temor ou as ameaças que faziam antes da medida. Os poucos casos em que relatavam o retorno do comportamento, com a visita dos policiais ao agressor, eles acabaram se afastando”, disse.
G1pb

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