sexta-feira, 26 de outubro de 2012

CRM da Paraíba interdita bloco cirúrgico e UTI de hospital do estado


O Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB) interditou eticamente na manhã desta quinta-feira (25) o Bloco Cirúrgico e a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Estadual Infantil Arlinda Marques, em João Pessoa. O conselho entendeu que não existe condições para que a população continue sendo atendida por causa da falta de médicos nesses setores, então ordenou que os médicos efetivos do hospital deixassem de trabalhar na unidade hospitalar.
Segundo o CRM, desde a quarta-feira o hospital está sem médicos cirurgiões devido ao fim do contrato das cooperativas médicas que prestam serviço à unidade de saúde com o Governo do Estado. De acordo com o diretor de Fiscalização do CRM-PB, Eurípedes Mendonça, o hospital não tem como realizar cirurgias sem a escala médica.
Waldson Souza, Secretário de Saúde do Estado da Paraíba, disse que o Estado vai recorrer ao conselho, já que o Arlina Marques é a referência estadual em cirurgia pediátrica. “Vamos trabalhar para contornar a situação, mas de imediato teremos que recorrer perante ao conselho e espero que eles compreendam a gravidade de ficarmos sem o Bloco Cirúrgico e a UTI do Arlinda Marques”, afirmou.“A falta de médicos compromete o atendimento nesses dois setores, por isso tivemos que fazer a interdição para preservar a população e os outros profissionais”, explicou Eurípedes.

Falta de Médicos
Terminou na quarta-feira (24) o prazo para que o Estado da Paraíba encerre os contratos com as cooperativas médicas que prestam serviços a hospitais públicos. Com a decisão os hospitais públicos estaduais só podem contar com o serviço dos médicos concursados e contratados pelo Estado, e segundo o CRM, é insuficiente para manter o serviço de qualidade no Bloco Cirúrgico e na UTI do Hospital Estadual Arlinda Marques.

A desembargadora federal do Trabalho Ana Madruga indeferiu o pedido da Procuradoria Geral do Estado para que os contratos fossem mantidos. A multa prevista para as cooperativas ou o Estado por descumprimento da ordem judicial é de R$ 10 mil por cada médico cooperado encontrado prestando serviços em hospitais públicos.
 O secretário de Saúde do Estado da Paraíba, Waldson Souza, informou que está ciente da decisão judicial e que já está tomando todas as providências para contratação de novos médicos. Ele lançou uma seleção simplificada com 259 vagas no dia 11 de outubro.
G1

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