A presidente Dilma Rousseff disse neste sábado (20) que conversou com o ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Elias Jaua, e que, pelos relatos dele, o quadro de saúde de Hugo Chávez "não é muito preocupante". Dilma deu entrevista na Nigéria, após participar de reunião com o presidente nigeriano Goodluck Jonathan.
"Falei com o ministro das Relações Exteriores [da Venezuela, Elias] Jaua, ele disse que ele [Hugo Chávez] estava muito bem, que ele teve uma piora na questão da respiração. Ele estava inclusive com dificuldade de respirar, mas me disse que estava tudo sob controle. Não me deu assim um quadro muito preocupante", afirmou Dilma.
Chávez está hospitalizado em Caracas desde segunda-feira (18). Dúvidas sobre seu estado de saúde têm gerado boatos na internet sobre uma suposta situação de instabilidade política e militar no país. Segundo o boletim médico mais recente, divulgado quinta-feira pelo governo, Chávez ainda sofre uma insuficiência respiratória, consequência da cirurgia a que foi submetido em 11 de dezembro em Cuba contra um retorno do câncer, e sua evolução 'não foi favorável neste sentido, portanto continua em tratamento'.
Depois da passagem pela Nigéria, Dilma encerra neste sábado sua viagem oficial de três dias à África. Na sexta (22), ela participou de encontro de cúpula entre líderes sulamericanos e africanos na Guiné Equatorial.
No discurso deste sábado, a presidente defendeu que Nigéria e Brasil devem "estreitar" laços comerciais.
"O Brasil e a Nigéria são países que têm um papel neste século XXI, eu estou certa, e nós temos um papel a cumprir enquanto a crise econômica, que atinge os países desenvolvidos, diminui o comércio naquela direção. Nós devemos estreitar as nossas relações, ampliar o nosso comércio, aumentar os nossos investimentos", afirmou.
Dilma discursou neste sábado em Abuja, na Nigéria, ao lado do presidente Goodluck Jonathan (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)
A presidente ainda propôs parcerias nas áreas de energia e de agropecuária. "Queremos estabelecer uma parceria, também, na área de energia elétrica dada a capacidade do Brasil na área de geração hídrica e na construção de um grande sistema de transmissão (...) Queremos intensificar o apoio aos esforços do governo nigeriano em prol do desenvolvimento agropecuário. Pretendemos compartilhar nossa experiência em máquinas, equipamentos agrícolas, no fato de que novos métodos e técnicas produtivas adaptados ao Cerrado são adequados aqui na Nigéria", concluiu.
G1
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