sábado, 10 de agosto de 2013

Anvisa proíbe uso de Água Rabelo em todo o Brasil

Uma resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), publicada no Diário Oficial da União, no último dia 2, está proibindo a distribuição, comercialização e uso de todos os lotes do fitoterápico Água Rabelo, fabricados desde 2011 pelo Laboratório Rabelo, sediado em Cabedelo.

Água RabeloA decisão se deu depois que uma inspeção, realizada em abril deste ano, constatou que a fórmula dos produtos estava diferente daquela registrada na Anvisa. Para o órgão, que cita o artigo 7º da Lei 6.360/1976, isso representa risco de efeitos nocivos à saúde humana, classificando a ação como de interesse sanitário. A Agência Estadual de Vigilância Sanitária (Agevisa) disse estar emitindo alertas sanitários aos órgãos municipais, para fiscalizar se a determinação está sendo cumprida.

A resolução – de nº 2.736, de 31 de julho de 2013 – vale para todo o território nacional e determina ainda o recolhimento do estoque de Água Rabelo existente no mercado. A inspeção contou com a análise inicial de documentos referentes a três lotes, que já apresentavam incongruência com o registro, e por uma avaliação do produto pela Coordenação de Fitoterápicos e Dinamizados da Anvisa, que igualmente confirmou a alteração. 
O diretor-geral da Agevisa-PB, Jailson Vilberto de Sousa e Silva, explicou que a própria empresa é responsável de retirar os produtos do mercado e, caso desobedeça, está sujeito a punições, que variam desde uma advertência e outras sanções administrativas até uma multa. “Estamos emitindo, desde o dia da publicação da Anvisa, alertas sanitários para todas as vigilâncias sanitárias dos municípios, divulgando a resolução. Vamos continuar com as fiscalizações de rotina”, afirmou. 

Laboratório promete volta ao mercado

O diretor comercial do Laboratório Rabelo, Werner Braun, explicou que, há cerca de 60 dias, a empresa recebeu a visita da Anvisa e foi informada de que precisaria adequar algumas documentações, em função do tempo do produto. “Na realidade, produtos antigos têm que se adequar à nova legislação da Anvisa, e foi esse o ponto. Eles pediram que fosse feita uma espécie de atualização, porque existe uma mutação na própria planta. Uma aroeira ou um eucalipto, por exemplo, elas sofrem mutação para novas espécies. É justamente essa adequação que estamos fazendo, de caráter documental”, disse, informando que já não há mais produtos no mercado.

Werner garantiu também que o Laboratório Rabelo vai entregar, até o dia 20 deste mês, a documentação necessária, para que a Água Rabelo seja inspecionada novamente e volte ao mercado a partir do dia 10 de setembro. O diretor assegurou, por fim, que os consumidores não devem temer, porque, segundo ele, o recolhimento determinado pela Anvisa é estritamente documental. “É importante saber que existem três níveis de recolhimento. O nível 1 e 2 é porque o produto está com inconformidade para o consumidor. O nível 3, que é o nosso, não tem nenhuma inconformidade, é apenas documental. A Água Rabelo não oferece risco à saúde”, enfatizou. O laboratório disponibiliza um telefone para dúvidas: 0800 281 3737.

Para que serve?

A Água Rabelo é um medicamento fitoterápico composto, que apresenta como componentes plantas medicinais como a aroeira, a hortelã e o eucalipto. Por isso, segundo o laboratório que a fabrica, o medicamento é indicado para inúmeros fins, entre eles os de uso externo ou tópico - cortes, ferimentos, contusões, queimaduras, hemorróidas, aftas, doenças de pele, picadas de insetos, acne, limpeza de pele, higiene da boca, nariz e garganta, gengivite, amidalite, faringite, irritação da pele após barbear, inflamações uterinas -e de uso interno ou oral - gases estomacais e intestinais, acidez estomacal, enjôo, má digestão e cólicas intestinais.

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