sábado, 12 de outubro de 2013

Com presença de Alckmin, altar da Basílica tem reforço no policiamento

Festa de Nossa Senhora Aparecida no Santuário Nacional (Foto: Carlos Santos/G1)
Um dia depois da divulgação de escutas telefônicas gravadas pelo Ministério Público que mostram membros da facção criminosa que atua dentro e fora dos presídios do Estado planejando um suposto assassinato do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), o policiamento foi ostensivo dentro do Santuário Nacional de Aparecida (SP), onde o tucano participou da missa solene na manhã deste sábado (12).

Um grupo de policiais militares fez a segurança especificamente no altar central da Basílica, local onde o governador estava ao lado da esposa e outras autoridades, o que não era comum em anos anteriores no Dia da Padroeira. Em entrevista coletiva após a missa, Alckmin negou que sua rotina de segurança tenha sido alterada por conta das supostas ameaças.

"Esse pedido por segurança foi da Basílica, mas não apenas para o governador, para todos os romeiros que aqui vieram”, disse. A assessoria de imprensa do Santuário Nacional confirmou que o pedido partiu da Basílica e que é um procedimento de rotina para manter a segurança em eventos de grande porte e aglomeração de fiéis, como é o 12 de outubro. São esperadas 150 mil pessoas no templo neste sábado (12).

Na escuta que interceptou o possível ataque a Alckmin, dois integrantes da facção, LH e Tiquinho, conversam e chegam a falar que "decretaram" o governador. “Depois que esse governador entrou aí o bagulho ficou doido mesmo. Você sabe de tudo o que aconteceu, cara, na época que nois (SIC) decretou ele (governador), então, hoje em dia, secretário de segurança pública, secretário de administração, comandante dos vermes (PM), estão todos contra nois", afirmou LH. A gravação foi feita há dois anos.
Megainvestigação
A megainvestigação do Ministério Público de São Paulo por meio de escutas telefônicas durante três anos, divulgada pelo jornal "O Estado de São Paulo" nesta sexta-feira (11), aponta que a cúpula da facção criminosa comanda das prisões o tráfico de drogas e armas, além de ordenar a morte de autoridades, inimigos e policiais.


A investigação detectou ainda um outro plano para matar o governador Geraldo Alckmin. A ameaça foi feita há 40 dias. Um bilhete escrito por um preso na penitenciária de Presidente Venceslau foi interceptado e repassado aos promotores.

Promotores responsáveis pela apuração pediram a prisão preventiva de 175 integrantes do grupo, além da transferência de 35 presos para o Regime Disciplina Diferenciado (RDD). O trabalho do MP também mostrou a estrutura da facção, que estaria presente em 22 estados brasileiros e nos países vizinhos Paraguai e Bolívia. A Justiça negou o pedido.
G1

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