Confira a seguir a correção comentada, questão por questão, das provas do Enem 2013 feita pelos professores do Sistema de Ensino Poliedro, em parceria com aUniversia Brasil. A correção foi feita com base na prova cinza (no domingo, dia 27) e amarela (sábado, dia 26). As perguntas de todas as provas são iguais, porém, a ordem em que elas são apresentadas difere). A previsão é de que os gabaritos do exame sejam divulgados na próxima quarta-feira (30).
» Abaixo, confira o gabarito do segundo dia de provas do Enem 2013 (prova cinza):
» Abaixo, confira o gabarito do primeiro dia de provas do Enem 2013 (prova amarela):
Sobre as provas do Enem 2013
A segunda etapa do Enem 2013 ocorreu neste domingo, 27, com a aplicação das provas de Linguagens e Códigos (45 questões de múltipla escolha), matemática (45 questões) e redação. Os candidatos que participaram dos dois dias de exame tiveram de escrever uma redação sobre os efeitos da implantação da Lei Seca no Brasil. O tema surpreendeu boa parte dos candidatos e professores de cursinhos, que esperavam assuntos recorrentes nos jornais dos últimos meses, como os protestos de junho, o pré-sal ou a visita do papa.
Consultada pela Universia Brasil, a professora Ana Claudia Spirlandelli, do Sistema de Ensino Poliedro, considerou o fácil e desafiador o tema da redação do Enem. Para ela, a falta de análise cuidadosa dos textos de apoio fornecidos na prova poderia levar o estudante a fugir do tema proposto.
Enquanto o tema da redação ganhou elogios dos candidatos por ser um tema fácil, a prova de Matemática foi considerada a mais difícil e cansativa no segundo dia do Enem 2013, com questões que envolviam lucro e porcentagem, conhecimentos sobre logaritmo, probabilidade (incluindo probabilidade condicional), geometria plana e conversão de unidades. "A prova de matemática desse ano cobrou mais conteúdo do que no ano passado. Era necessário o aluno ter conhecimentos teóricos de matemática, além de saber as suas aplicações em situações do dia a dia", disse o professor Tião (Renato Alberto), do Sistema de Ensino Poliedro.
A seguir, leia outras avaliações dos professores do Poliedro sobre as provas do Enem 2013:
» Português (prof. Prof. Renato Gomes)
Não tem gramática. A prova foi praticamente interpretação de texto. Cobrou uma comparação de variantes linguísticas (comparação de língua culta com língua coloquial). Havia muitos textos argumentativos. Como todas as questões exigiam interpretação de texto, desta vez, a prova do Enem trouxe enunciados mais curtos. É importante ressaltar que, apesar de ser uma prova de interpretação de texto, os alunos precisam conhecer ferramentas de interpretação de texto para conseguir responder as questões. Não bastava simplesmente fazer uma leitura do texto.
» Matemática (prof. Tião)
Destaque para as questões de probabilidade (incluindo probabilidade condicional), de logaritmo e de geometria plana. Nota-se a prova exigia que o candidato fizesse bastante conta. Além disso, trouxe questões tradicionais sobre média e mediana que não costumam cair em outros vestibulares, mas sempre caem no Enem.
» Química (prof. Caio Eduardo Gonçalves)
A prova de química do Enem seguiu a tendência de ser uma prova mais técnica. Teve uma boa distribuição das matérias. Conseguiu abordar todas as áreas da química. Cerca de 30% da prova foi composta por um conteúdo de química orgânica. Uma questão sobre radioatividade foi o destaque, já que não costumava aparecer nas edições anteriores. As questões de química orgânica foram as mais longas. No entanto, enunciados longos são características de toda a prova do Enem.
» Biologia (prof. Edy Yoshio)
A prova de biologia do Enem também cobrou muito conteúdo. Abordou situações do nosso dia a dia. Havia muitas questões de fisiologia humana, ecologia e evolução. Destaques para as questões de biotecnologia – um assunto super atual. Outros destaques foram as qualidades dos desenhos apresentados na prova. Todos estavam muito bem feitos.
» Física (prof. Eduardo Lessi)
Seguiu com a tendência de trazer coisas do dia a dia do estudante com questões sobre chuveiro, resistência elétrica e aquecedor solar. Em todas as questões era necessário calcular equações. Uma questão da prova de física pode causar um pequeno problema para quem sabe de música. Trata-se da questão de número 90 da prova amarela. A prova chama a nota musical Dó maior e dá a impressão que é uma nota quando na verdade é um acorde de três notas. Quem entende de música pode se confundir um pouco. Quem não sabe conseguia responder tranquilamente. Outro detalhe importante é que havia poucas questões de mecânica na prova. Não foi uma prova bem distribuída.
» História (prof. Gui de Franco)
Foi uma prova bastante interdisciplinar com questões de filosofia e sociologia seguindo o currículo do governo uma vez que nas escolas públicas são disciplinas obrigatórias na grade. Das 27 questões da prova, em pelo menos 13 delas aparece a filosofia e a sociologia. Outros destaques foram as questões que abordaram a África e sua influência no Brasil.
» Geografia (prof. Fábio Ghiti)
A prova teve uma forte abordagem social. Como no ano passado, trouxe muitas questões com referência econômica, agrária e de indústria. Cerca de 20% da prova trazia questões que falavam do campo. Além disso, as questões exigiam muitas interpretações de esquemas e gráfico. Houve apenas uma questão com um mapa. Os professores esperavam uma prova com mais mapas.
» Língua Inglesa (prof. Marcelo Santos)
A prova foi muito bem elaborada, com questões muito claras. Eu diria que o nível de dificuldade foi entre fácil e médio. Foi fácil para quem lê em inglês com certa frequência. Toda a prova foi baseada em compreensão de textos. A cada ano que passa, a prova de inglês do Enem tem ficado melhor. É coerente com os grandes vestibulares do País.
» Língua espanhola (professora Mariana Castelo Queirós)
A prova de espanhol, novamente, baseou-se em interpretação de texto. Foi uma prova fácil. O aluno que prestou atenção nos textos publicados na prova conseguiu responder tranquilamente as questões. Há, no entanto, uma questão que pode ter causado dúvidas. Trata-se da questão sobre uma cantiga ("duerme negrito"). Os estudantes podiam ficar em dúvida entre duas alternativas. A alternativa correta poderia ser encontrada se o aluno estivesse atento ao conceito geral da questão.
Redes sociais no Enem 2013
Neste segundo dia do Enem 2013, o Ministério da Educação (MEC) desclassificou mais 12 candidatos que postaram imagens das provas e dos cadernos de respostas nas redes sociais. No sábado (26), 24 estudantes também foram eliminados pela prática. No ano passado, 65 candidatos foram eliminados por postarem fotos na rede social quando já estavam no local de prova. O ministro da Educação, Alozio Mercadante, informou que o número ainda pode crescer porque o sistema de monitoramento continua. "É atitude que só prejudica eles".
Este ano, o Enem é utilizado na seleção de todas as universidades federais do País, pré-requisito para o acesso a programas como Ciência sem Fronteiras, Prouni e Fies, além de certificar a conclusão do ensino médio.
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