A Polícia Federal investiga a atuação na Paraíba de uma quadrilha intestadual especializada em furtar bancos. Segundo o delegado Gustavo Vieira, os criminosos se passam por clientes, distraem funcionários e entram em setores das agências, furtando malotes de dinheiro e fugindo sem ser identificados.
Apenas nos golpes em Campina Grande, quase R$ 100 mil já foram levados dos bancos. As câmeras de vigilância flagraram as ações dos golpistas, mas nenhum suspeito foi preso até esta segunda-feira (13) pela Polícia Federal.
O golpe funciona com a atuação de pelo menos duas pessoas. Enquanto um falso cliente começa a conversar com um funcionário do banco, em um horário de grande movimentação, o outro entra em um setor do banco proibido a clientes e que esteja sem nenhuma fiscalização. Em seguida, pega dinheiro em algum envelope ou um malote e sai da agência tranquilamente.Já foram flagrados e estão sendo investigados golpes praticados contra pelo menos três agências paraibanas. Em 13 de fevereiro, o alvo foi uma agência na rua João Pessoa, no Centro de Campina Grande. Em 9 de abril, foi a vez de um estabelecimento em Cajazeiras, no Sertão do estado.
A polícia acredita que os assaltantes são do Rio Grande do Norte. Em 11 de abril, eles aplicaram um golpe na cidade potiguar de Caicó, dois dias antes de um dos crimes em Campina Grande. "É uma ação silenciosa, por isso não tem muita repercussão", afirmou o delegado Rodrigo Vieira.
Para o presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários, Rostand Lucena, a falta de investimento na contratação de pessoal e em segurança acaba facilitando a ação dos ladrões. "Muitas vezes os funcionários se dividem em várias tarefas, então alguma área fica decoberta e os bandidos aproveitam essa situação. São bancos que lucram muito e deveriam investir mais em segurança", destacou o sindicalista.
G1pb
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