quarta-feira, 9 de abril de 2014

Inflação oficial acelera e tem maior taxa para março desde 2003, diz IBGE

IPCA março de 2014 (Foto: Editoria de Arte/G1)
A alta de preços ganhou força no Brasil em março. Considerado a "inflação oficial" do país, por ser usado como base para as metas do governo federal, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ficou em 0,92% no mês passado – a maior taxa para meses de março desde 2003, quando o indicador estava em 1,23%.
O resultado de março também ficou 0,23 ponto percentual acima da taxa de 0,69% registrada em fevereiro. Em março de 2013, o IPCA foi de 0,47%.Com a alta, a inflação acumulada no trimestre alcançou 2,18%, acima da taxa de 1,94% em igual período do ano passado. Em 12 meses, a alta acumulada é de 6,15%, acima dos 5,68% relativos aos 12 meses anteriores.
Passagens aéreas lideram impacto
Os grupos alimentação e transportes registraram forte impacto no resultado do IPCA do mês, representando juntos 79% da inflação do mês passado.

O grupo alimentação e bebidas subiu para 1,92% (sobre 0,56% no mês anterior) e foi, sozinho, responsável por 51% do IPCA de março. Considerando os alimentos consumidos em casa, o aumento foi de 2,43%. Com altas de mais de 30% no mês, a batata inglesa e o tomate foram os "vilões" da inflação dos alimentos no mês passado.
O item transportes teve alta de 1,38%, sobre queda de 0,05% na apuração anterior.
Nesse caso, o destaque ficou com as passagens aéreas, que subiram para 26,49% contra queda de 20,55% em fevereiro. "As passagens aéreas ficaram com a liderança no ranking dos principais impactos no IPCA do mês", diz o IBGE.
Ainda dentro de transportes o etanol teve alta de 4,07%, com reflexo sobre a gasolina, que subiu 0,67%. O IBGE destaca ainda as altas de automóvel novo e usado, ambos com 0,78%, conserto de automóvel, que subiu 0,90% e ônibus urbano, com 0,60%.
Os demais cinco grupos pesquisados, contudo, registraram desaceleração.Demais grupos
Os grupos vestuário (que saiu de queda de 0,40% para alta de 0,31%) e despesas pessoais (de 0,69% para 0,79%)  também mostraram crescimento nas taxas de fevereiro para março.

Habitação saiu de 0,77% em fevereiro para 0,33% em março. O grupo saúde e cuidados pessoais saiu de 0,74% para 0,43%. Nesse caso, os remédios (-0,08%) deram sinal de queda. O grupo  comunicação saiu de 0,14% para queda de 1,26% em março, com a conta de telefonia fixa mais barata em 4,44%.
O grupo educação saiu de 5,97% em fevereiro para 0,53% em março. O setor havia pressionado fortemente o IPCA de fevereiro e teve impacto bem mais leve em março.

Brasília tem maior índice
O maior índice regional foi o de Brasília, com alta de 1,92% em virtude da variação de 51,65% nas tarifas das passagens aéreas.

Os menores índices foram os de Recife (0,52%) e Belém (0,53%), onde os alimentos consumidos em casa apresentaram variações de 0,99% e 0,78%, respectivamente, diz o IBGE.

INPC
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a variação de preços para as famílias com renda entre um e cinco salários mínimos, chefiadas por assalariados, acelerou para 0,82% em março, sobre resultado de 0,64% de fevereiro (alta de 0,18 ponto percentual).

Considerando os últimos 12 meses, o índice ficou em 5,62%, acima da taxa de 5,39% dos 12 meses anteriores. Em março de 2013 o INPC foi de 0,60%.

Os produtos alimentícios aumentaram 1,88% em março, enquanto os não alimentícios ficaram com 0,37%, destaca o IBGE.
G1

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