quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Delegada diz que 'cochilo' é causa de zigue-zague antes de acidente na BA


A suspeita da delegada Maria do Socorro Damásio, que preside o inquérito sobre o acidente que matou 34 pessoas em rodovia no interior da Bahia, é de que o motorista da carreta tenha cochilado ao volante. O condutor foi flagrado por uma câmera de segurança fazendo zigue-zague na pista e chegando muito perto de bater na grade de proteção do acostamento pouco antes da colisão trágica.
acidente aconteceu na madrugada de sábado (3), na BR-116, região sudoeste da Bahia. A possibilidade de estar alcoolizado foi afastada pela delegada. “Consta na ocorrência da Polícia Rodoviária Federal que ele foi submetido a teste de alcoolemia e não foi detectada ingestão de álcool. O patrulheiro que atendeu afirma que ele não estava com nenhum sinal de embriaguez”, diz.
Em depoimento, segundo a delegada, o suspeito negou que tivesse dormido ao volante. “O que parece é que ele estava com sono. Tanto que quando ele vai para o acostamento, isso é típico de quem está cochilando. Na delegacia, ele disse que tinha dormido na noite anterior e não estava com sono, mas não é isso que mostram as imagens”, conclui. A versão do motorista é de que o condutor do ônibus envolvido na colisão, e que morreu no acidente, invadiu a pista onde ele estava.
“Ele [motorista da carreta] será indiciado por homicídio doloso [quando há intenção de matar] porque as consequências eram previsíveis. Ele poderia ter parado a viagem. Perto dali tem um povoado que tem pousada. Ele podia ter esperado algumas horas para se refazer do sono, mas ele continuou, pondo todos em risco”, relata.
A previsão da investigadora é de que o inquérito seja finalizado e enviado à Justiça até o final desse mês de dezembro. “Só estou aguardando o resultado do laudo pericial do Departamento de Polícia Técnica, que mostra a dinâmica de como aconteceu o acidente. Vou adicionar as imagens e todas as informações”, explica.
O motorista da carreta é natural da cidade de Criciúma (SC) e responde em liberdade. Ele foi liberado para voltar a sua residência enquanto o inquérito é concluído. Segundo a delegada, o flagrante não foi realizado porque logo após o acidente, o suspeito foi encaminhado por policiais rodoviários até o hospital. Ele só se apresentou na delegacia dois dias depois, com uma fratura no braço esquerdo e escoriações pelo corpo.
 

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