sábado, 3 de março de 2012

Carlinhos Cachoeira é transferido para presídio federal no RN


O empresário Carlos Augusto de Almeida Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira, foi transferido na noite desta quinta-feira (1) para o presídio federal de segurança máxima em Mossoró, no Rio Grande do Norte, informou nesta sexta (2) o Ministério da Justiça.
Suspeito de chefiar uma quadrilha de exploração de jogos com máquinas caça-níqueis,Cachoeira foi preso pela Polícia Federal na casa onde mora, em Goiânia (GO), na última quarta (29). A transferência dele da Superintendência da PF em Brasília para Mossoró foi solicitada por "questões de segurança", segundo a assessoria de comunicação da polícia.
Carlinhos Cachoeira ficou conhecido pela suspeita de pagar propina a Waldomiro Diniz, então assessor da Casa Civil no começo do governo Luiz Inácio Lula da Silva, escândalo revelado em 2004.
A prisão dele, no entanto, foi parte de uma Operação Monte Carlo, deflagrada pela Polícia Federal na quarta para desarticular uma quadrilha de exploração de jogos com máquinas caça-níqueis. O advogado dele, Ricardo Sayeg, entrou com pedido de liberdade no Tribunal Regional Federal da 1ª Região. O relator é o desembargador Fernando Tourinho Neto, que solicitou informações adicionais das investigações da PF para tomar a decisão.
G1 tentou contato com Sayeg pelo celular e deixou recado no escritório dele, em São Paulo, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
Ainda nesta quinta, Sayeg disse que a prisão de Cachoeira foi "superdimensionada". "O crime estruturante, que é contravenção penal, deve ser punido com prisão simples. Me parece que o pedido de prisão preventiva é o cumprimento antecipado de pena. (...) Isso é caso para Juizado Especial de Pequenas Causas." O advogado disse que Cachoeira não tem antecedentes criminais.
A assessoria da PF informou que algumas pessoas supostamente envolvidas no esquema foram ouvidas nesta sexta-feira (2). Parte dos 22 carros de luxo apreendidos chegarão à superintendência da PF neste domingo (4).
Operação Monte Carlo
A Polícia Federal começou a cumprir nesta quarta 82 mandados judiciais, dos quais 35 são de prisões preventivas e temporárias, dentro da Operação Monte Carlo, de combate à exploração de jogos de azar com máquinas caça-níqueis.
Os mandados de prisão nesta quarta foram expedidos para serem cumpridos em cinco estados: Distrito Federal, Goiás, Espírito Santo, Tocantins e Rio de Janeiro. Do total, 37 são relativos a busca e apreensões e outras dez são referentes a condução coercitiva (detidos para esclarecimentos).

Segundo a Polícia Federal, o esquema de casas de jogos com máquinas caça-níqueis funcionava havia 17 anos, sob o comando de Cachoeira.

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